Guarda Costeira brasileira procura padre 'voador'
Adelir de Carli queria bater recorde de voo com balões de hélio
"Várias pessoas ajudaram-no na hora de encher os balões e, mesmo com chuva, ele acreditou nesta vigem", disse ao diário brasileiro O Globo a tia do padre que tentou bater o recorde de voo com balões de hélio, fixado em 19 horas. Adelir de Carli partiu de Paranaguá no domingo, levado por mil balões coloridos, com destino a Dourados. Ao final do dia, comunicou que teria de aterrar no mar porque estava a "perder altitude". Esta foi a última comunicação do padre, antes de perder o contacto com as autoridades. A Guarda Costeira continuava ontem as buscas no litoral do estado de Santa Catarina, tendo avistado ao final do dia um aglomerado de balões a 50 quilómetros da costa.
Tal como o resto da família, que viajou de Minas Gerais para Santa Catarina, Renita Pelissari, a tia do padre Adelir, acredita que este ainda pode ser encontrado. Pelissari informou ainda que o sobrinho, de 41 anos, viajava com dois telemóveis e um GPS, o que deveria facilitar a sua localização. O facto de estar a usar um fato térmico deverá contribuir para o manter quente.
Em entrevista à televisão brasileira no domingo, o padre Adelir disse estar "muito frio, mas bem". As últimas informações disponíveis revelam que terá atingido os seis mil metros de altitude antes de descer para os 2500 metros na preparação para a aterragem em Dourados.
Helicópteros e navios da Guarda Costeira brasileira retomaram ontem as buscas na costa de Santa Catarina, depois de pedaços de balões rebentados terem sido encontrados numa praia.
Segundo a sua tia, esta não era a primeira vez que o padre Adelir tentava uma viagem pendurado em balões. Em Março foi do Paraná até à Argentina. Segundo Renita Pelissari, o sobrinho usava estas viagens para divulgar a religião católica e a Pastoral Rodoviária, um projecto que fundou em Paranaguá. O padre Adelir tentava também recolher fundos para construir um santuário para os caminhantes.