Falando num encontro com jornalistas em Lisboa, o presidente do grupo, Manuel Proença, indicou que o ano de 2017 contou com um "conjunto de aberturas", nomeadamente do Hotel Star inn Lisboa (junto ao aeroporto), do Hotel Golden Residence no Funchal (Madeira) e do Tryp Colina Do Castelo Hotel (em Castelo Branco).."Ao todo, investimos cerca de 50 milhões de euros num ano", assinalou, ressalvando que este montante também inclui a próxima abertura, ainda em 2017, do Meliá Maputo, em Moçambique..Este será o "primeiro investimento fora de Portugal" que inclui a construção e gestão de um hotel de raiz, assinalou Manuel Proença, lembrando que o grupo já gere outras unidades no estrangeiro, mas como concessionário..Só neste hotel em Maputo -- de quatro estrelas e com 173 quartos -- o investimento foi de 16 milhões de euros..Segundo Manuel Proença, estes investimentos foram feitos num ano em que o grupo cresceu 32% em termos de faturação, registando um total de 64 milhões de euros.."O nosso crescimento foi maior do que o desempenho do setor [que rondou os 16%]", notou o responsável..Até 2020, o grupo pretende chegar a um volume de vendas de 100 milhões de euros..Para isso, tem curso, a partir do próximo ano, vários investimentos, que ascendem a 110 milhões de euros..Em causa estão oito novos hotéis, como o Boxy Parque das Nações (em Lisboa), o Tryp Plaza Central (em Braga) e o Meliá Monte Gordo (Vila Real de Santo António), cujas obras arrancam no próximo ano para terminarem em 2019..Para 2020, preveem-se as aberturas do Innside Rato (em Lisboa), do Star Inn Aveiro, do Tryp Baixa do Porto, do Meliá Coimbra e do Meliá Boavista..O grupo pretende passar de um total de 2.500 quartos atualmente para 4.000 após a execução destes projetos, num total de 8.000 camas..Quer, ainda, passar de 16 hotéis este ano para 24 em 2020..Manuel Proença adiantou que a taxa crescimento anual estimada é de 18% entre 2018 e 2020, justificando que é mais baixa do que se tem verificado até agora devido a uma estabilização no setor..A seu ver, urgem, contudo, medidas para que turismo possa crescer e ser sustentável.."Não fazemos um discurso anti turismo, mas achamos que tem de haver regulação e monitorização", sustentou, apelando à intervenção do Governo e das câmaras municipais, que "não podem estar de braços cruzados a apreciar"..A par disso, falou na necessidade de avançar com o aeroporto complementar no Montijo, de forma a aumentar a capacidade aeroportuária do distrito de Lisboa.."Se isto for feito, podemos ter mais turistas", adiantou..Posta de lado está a hipótese de o grupo apostar no alojamento local, de acordo com Manuel Proença: "Não é a nossa área. Estamos na hotelaria regular, não vamos criar confusão".