Grupo armado mata 13 jovens em Casamansa, sul do Senegal

Um grupo armado matou hoje 13 jovens em Casamansa, uma região do sul do Senegal que sofre há 35 anos um conflito armado, referiu fonte dos serviços de segurança.
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"Elementos armados atacaram jovens que procuravam madeira numa floresta de Bayotte, nos arredores da comunidade de Boutoupa. Foram mortos 13 e dois conseguiram escapar", declarou à agência noticiosa France-Presse (AFP) este responsável em Ziguinchor, capital regional da Casamança, ao confirmar uma informação da agência noticiosa senegalesa (APS, oficial).

"Terão ultrapassado a zona tampão que separa as posições do exército senegalês e a dos combatentes do MFDC (Movimento das forças democráticas de Casamansa), a rebelião independentista armada, indicou a APS, que não citou fontes.

Segundo a APS, outros nove jovens foram "gravemente feridos durante o ataque, e quando a Casamansa registava desde há vários anos uma acalmia".

Os corpos sem vida foram transportados para a morgue do hospital regional de Ziguinchor, para onde também foram enviados os feridos graves.

Este ataque ocorreu um dia após a libertação de dois combatentes do MFDC, libertados pelo exército na sequência de uma mediação da comunidade de Sant 'Egidio de Roma entre o Estado senegalês e os combatentes do MFDC.

Nos seus votos de ano novo no domingo, o chefe de Estado senegalês, Macky Sall, tinha emitido um apelo aos rebeldes de Casamansa para o prosseguimento de conversações na perspetiva de "uma paz definitiva".

A rebelião pela independência de Casamansa, que decorre desde 1982, provocou milhares de vítimas civis e militares, a ruína económica da região e motivou ainda milhares de deslocados e refugiados.

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