Há 51 anos, tal como hoje, o país e o mundo suspiravam por uma vacina para combater uma pandemia com origem no Oriente. No caso de 1969, era a "gripe de Hong Kong", que na edição de 8 de janeiro o DN perspetivava que só chegasse a Portugal no final do mês ou no princípio de fevereiro.."A gripe ameaça. A vacina adequada está a ser produzida e já foi distribuída ao pessoal dos hospitais de Santa Maria e do Rego", dava conta na primeira página o nosso jornal, que na sequência de avisos das autoridades sanitárias recomendava os leitores a "recolher ao leito" e chamar imediatamente o médico assim que surgissem os primeiros sintomas..A gripe de Hong Kong, apelidada por alguns como a "pandemia esquecida", matou entre um e quatro milhões de pessoas e teve uma segunda vaga mais letal do que a primeira, tal como a covid-19. O paciente zero foi descoberto em Hong Kong mas, em setembro de 1968, os Estados Unidos começaram a reportar os primeiros casos de uma gripe que haveria de provocar mais de mil mortes no país - onde mais tarde se desenvolveu a vacina (na foto em cima)..Meses depois, o vírus chegou à Europa, fazendo-se sentir em países como Alemanha (60 mil mortes), França (30 mil) e Reino Unido (30 mil). Depois da gripe espanhola (1918) e da gripe asiática (1957), foi uma das três pandemias do século XX, ainda que a menos letal. Na altura, os governos não recorreram ao confinamento obrigatório, mas apelaram ao distanciamento social, à lavagem recorrente das mãos e a que se evitasse a utilização de transportes públicos. E tal como a covid-19, causou mais danos em idosos e pessoas com outras patologias.
Há 51 anos, tal como hoje, o país e o mundo suspiravam por uma vacina para combater uma pandemia com origem no Oriente. No caso de 1969, era a "gripe de Hong Kong", que na edição de 8 de janeiro o DN perspetivava que só chegasse a Portugal no final do mês ou no princípio de fevereiro.."A gripe ameaça. A vacina adequada está a ser produzida e já foi distribuída ao pessoal dos hospitais de Santa Maria e do Rego", dava conta na primeira página o nosso jornal, que na sequência de avisos das autoridades sanitárias recomendava os leitores a "recolher ao leito" e chamar imediatamente o médico assim que surgissem os primeiros sintomas..A gripe de Hong Kong, apelidada por alguns como a "pandemia esquecida", matou entre um e quatro milhões de pessoas e teve uma segunda vaga mais letal do que a primeira, tal como a covid-19. O paciente zero foi descoberto em Hong Kong mas, em setembro de 1968, os Estados Unidos começaram a reportar os primeiros casos de uma gripe que haveria de provocar mais de mil mortes no país - onde mais tarde se desenvolveu a vacina (na foto em cima)..Meses depois, o vírus chegou à Europa, fazendo-se sentir em países como Alemanha (60 mil mortes), França (30 mil) e Reino Unido (30 mil). Depois da gripe espanhola (1918) e da gripe asiática (1957), foi uma das três pandemias do século XX, ainda que a menos letal. Na altura, os governos não recorreram ao confinamento obrigatório, mas apelaram ao distanciamento social, à lavagem recorrente das mãos e a que se evitasse a utilização de transportes públicos. E tal como a covid-19, causou mais danos em idosos e pessoas com outras patologias.
