Grávidas de 36 semanas esperam mais de três horas por consulta no Amadora Sintra
Cerca de 20 grávidas, algumas delas de 36 e 40 semanas, todas com senha prioritária, esperaram mais de três horas por uma consulta no Hospital Amadora-Sintra esta quarta-feira de manhã. Tudo por causa de uma alegada reunião de emergência dos médicos do serviço, que acabou por deixar as pacientes sem consulta.
Contactado pelo DN, o hospital optou por não se pronunciar.
Uma dessas grávidas, prestes a terminar o tempo de gestação, foi Susana Gil. "Estou grávida de 37 semanas. Comecei com contrações na terça-feira à noite e fui à urgência do Hospital Beatriz Ângelo. Como às 04:00 da madrugada ainda estava com contrações espaçadas, mandaram-me para casa e disseram que tendo eu a consulta das 37 semanas no Amadora-Sintra para ir normalmente. Chego lá às 08:20 e fazem-me um CTG e depois, espero, espero, espero... e nada de me chamarem. Eram 11:20 e comecei a achar estranho não chamarem ninguém da sala. Fui ao secretariado e perguntei o que se passava, estava sem comer e já tinham passado três horas e responderam-me que as 'doutoras tiveram uma reunião de emergência'", contou ao DN a mulher, que se foi embora sem ser consultada.
A mulher ficou perplexa com a resposta e pediu o livro de reclamações para deixar expressa a sua indignação por ninguém ter avisado do atraso, até para que pudessem ir comer entretanto, mas garante que não lho deram: "Pediram-lhe para ter calma e pensar no meu bebé e eu respondi que era por pensar nele que estava a reclamar."
A verdade é que Susana, grávida do terceiro filho, foi para casa já depois das 13:00, mesmo continuando com contrações, e sem ser consultada, já que não conseguiu que alguém lhe garantisse que ainda ia ser atendida. E como ela mais grávidas optaram por ir embora.