Governo uruguaio estuda destino a dar a símbolo nazi
Esta águia de dois metros de largura e pesando 400 quilogramas, encontrava-se na popa do vaso de guerra alemão, protagonista no início da II Guerra Mundial, da "Batalha do Rio da Prata", em que se opôs a Marinha britânica.
O emblema foi recuperado em 2006 no Rio de la Plata, amplo estuário entre Uruguai e Argentina, por uma equipa de mergulhadores, e depois de ser exposto por pouco tempo, foi armazenado e tornou-se o assunto de uma disputa entre seus descobridores e o Estado uruguaio, noticia a Efe.
Segundo o canal de televisão de Montevidéu, Canal 10, citado pela agência Efe, o ministro uruguaio da Defesa Jorge Menendez, realizou uma reunião na quarta-feira, sobre o futuro do emblema com representantes de todos os partidos políticos.
O Governo alemão comunicou na semana passada à Embaixada do Uruguai em Berlim o desejo de que a águia não seja vendida a particulares e possa fazer parte de um museu, de preferência no Uruguai, como memória da batalha de "River Plate".
O navio "Graf Spee" participou em dezembro de 1939 a primeira e única batalha naval da II Guerra Mundial entre os vasos de guerra do III Reich e a Royal Navy da Marinha Real, nesta região do globo.
Depois de uma batalha com os cruzadores britânicos "Exeter", "Ajax" e "Achilles", o "Graf Spee" aportou a Montevidéu para reparos, refira-se que o Uruguai, era então um país neutro.
O "Graf Spee" zarpou de Montevidéu a 17 de dezembro e, para escapar ao bloqueio britânico, afundou-se a poucas milhas da costa, após a saída da sua tripulação, tendo-se suicidado o três dias depois.