Moçambique diz não ter indicação de abertura de comportas no Zimbabwe

A estação de monitorização de Gonda, localizada no Búzi, aponta para uma redução de nível, dos 11 para os seis metros, segundo informações igualmente avançadas pelo jornal <em>Carta de Moçambique</em>.
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O governo moçambicano diz não ter indicação, por parte do Zimbabwe, sobre a abertura de comportas. Segundo um representante da Direção Nacional de Recursos Hídricos, citado pelo jornal online moçambicano Carta de Moçambique, não há previsão de abertura de comportas do lado do Zimbabwe nas próximas 72 horas porque não existe indicação de chuvas fora do normal. O representante falava após a habitual reunião de balanço ao final do dia, que nesta quarta-feira dirigida pelo ministro da Terra e Ambiente moçambicano, Celso Correia.

"Contactámos os nossos colegas do Zimbabwe e o que nos disseram é que não há previsão de abertura de barragens", disse a mesma fonte, notando que o rio Búzi, proveniente do Zimbabwe, registou uma redução do seu caudal. A estação de monitorização de Gonda, localizada no Búzi, aponta para uma redução de nível, dos 11 para os seis metros, segundo informações igualmente avançadas pelo jornal Carta de Moçambique. Em relação ao rio Punge, a mesma fonte referiu que houve uma redução dos 9,55 para os 9,10 metros e que a situação no rio Zambeze é, de momento, estacionária.

Nas últimas horas aumentaram as especulações sobre a possibilidade de o Zimbabwe abrir comportas, algo que poderia complicar ainda mais a situação das populações afetadas pelas cheias em Moçambique. No distrito de Búzi, por exemplo, temia-se que a vila com o mesmo nome ficasse submersa e as pessoas que restassem não conseguissem fugir ou ser resgatadas a tempo pelas equipas de socorro mobilizadas para o terreno. O ciclone Idai atingiu não só Moçambique, onde o número oficial de mortos é de 202, mas também o Zimbabwe e o Malawi.

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