Governo investe 3ME na requalificação da escola da Freiria, Torres Vedras
No acordo a celebrar com o município, a que a agência Lusa teve acesso, o Ministério da Educação compromete-se a transferir para a autarquia três milhões de euros, dos quais meio milhão de euros em 2018, 1,25 milhões de euros em 2019 e outros 1,25 milhões de euros em 2020.
Depois de ter elaborado os projetos, a Câmara Municipal vai ser responsável por lançar o concurso público para a obra, adjudicá-la e acompanhar a empreitada, de acordo com a parceria a estabelecer.
A vereadora da Câmara, Laura Rodrigues, explicou à agência Lusa que os três milhões de euros oriundos do plano de investimentos da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares do Ministério da Educação se destinam à requalificação do espaço exterior e do edifício mais recente, à demolição das instalações mais antigas e à construção no mesmo local de novas, bem como de um novo pavilhão gimnodesportivo.
"As obras têm como objetivo dotar a escola dos espaços de que precisa face às necessidades atuais", explicou, adiantando que em terreno contíguo à escola vai ser erguido o centro escolar para o jardim de infância e primeiro ciclo, cujo projeto está a ser elaborado, e deverá ser lançado a concurso em 2019 ou 2020, sendo executado com investimento municipal.
Desde o início do mês que o bloco mais antigo da EB 2,3 da Freiria está encerrado à atividade letiva na sequência do temporal 'Ana' e do consequente aparecimento de "fissuras" nas instalações, que vieram agravar ainda mais a necessidade urgente das obras.
Para colmatar a falta das oito salas de aula aí existentes, foram instalados no recinto escolar quatro blocos pré-fabricados.
Nos últimos anos, os pais dos alunos e a direção do Agrupamento de Escolas São Gonçalo, no qual a escola foi integrada, têm vindo a alertar o Ministério da Educação para as más condições existentes há 20 anos e a exigir uma intervenção.
O estabelecimento escolar, erguido a partir de pavilhões pré-fabricados após obras de ampliação, possui na zona mais degradada telhados em amianto, alguns dos quais foram retirados pela Câmara Municipal por estarem em risco, vigas metálicas a suportar o próprio telhado para não abater, problemas de humidade e de infiltrações, caixilharias, casas-de-banho e mobiliário degradados.
Com 40 anos, os pavilhões não têm isolamento, por isso no inverno professores e alunos chegam a trazer mantas para as aulas, enquanto no verão passam calor e não conseguem abrir as janelas, porque a maior parte já não abre.
Desde pelo menos 2014 que a escola consta da lista das escolas prioritárias do Ministério da Educação a intervir.