Governo brasileiro reuniu-se com opositores de Maduro
"A reunião teve como objetivo a discussão da crise venezuelana decorrente da ilegitimidade do exercício da presidência por Nicolás Maduro e da manifestação do presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, da sua disposição para assumir a Presidência da Venezuela interinamente. (...) Teve igualmente por objetivo discutir ideias de ação concreta para restabelecer a democracia na Venezuela", anunciou o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.
Ernesto Araújo reuniu-se, separadamente, com o presidente do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela no exílio, Miguel Ángel Martín, e outros magistrados do mesmo tribunal, bem como com o representante do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA).
O Tribunal Supremo de Justiça no exílio é formado por juízes nomeados para esse órgão judiciário, mas que não foram reconhecidos pelo governo de Nicolás Maduro.
Os opositores de Maduro deslocaram-se ao Brasil para solicitar apoio ao governo de Bolsonaro. "O papel-chave do Brasil, sob a liderança do presidente Bolsonaro, na mudança do cenário venezuelano, onde pela primeira vez em muitos anos ressurge a esperança da democracia, foi reconhecido por todos os líderes venezuelanos", declarou o Itamaraty, nome como é conhecido o Ministério das Relações Exteriores brasileiro.
Em comunicado, o Itamaraty teceu ainda duras críticas ao sistema chefiado por Nicolás Maduro: "Constitui um mecanismo de crime organizado. Está baseado na corrupção generalizada, no narcotráfico, no tráfico de pessoas, na lavagem de dinheiro e no terrorismo."
Na semana passada, Maduro tomou posse para um novo mandato de seis anos à frente da Venezuela. No entanto, parte da comunidade internacional não reconhece a reeleição do líder venezuelano.