Governo aprova contratos no valor de 1,7 mil milhões

Publicado a
Atualizado a

O Governo aprovou ontem, em Conselho de Ministros, oito contratos de investimento, cujo valor global ascende a mais de 1,69 mil milhões de euros. Os projectos permitirão criar quase meia centenas de novos postos de trabalho e assegurar a manutenção de outros 1100 já existentes. O ministro da Economia, Manuel Pinho, que os apresentou, disse: "Voltamos a falar de investimento industrial no País."

Os investimentos variam entre os 750 milhões da petrolífera espanhola Repsol na expansão e modernização do seu complexo petroquímico em Sines e os 27 milhões para a instalção de uma unidade industrial de biocombustível em Vila Franca de Xira, a Biovegetal, da responsabilidade da ENR, SGPS. Destaque, ainda, para os 33,9 milhões da Hikma Farmacêutica (Portugal), SA, destinados à modernização da sua fábrica em Sintra, que inclui a construção de uma nova unidade produtiva para medicamentos sólidos e líquidos. Uma estrutura que terá de obedecer "aos mais elevados padrões de qualidade" para que possa ser certificada pela Food and Drug Administration, entidade reguladora dos EUA, principal mercado dos seus produtos.

Sines receberá ainda um outro projecto, cujo investimento ultrapassa os 360 milhões de euros, da responsabilidade conjunta de La Seda de Barcelona, SA e Artensa, que tem em vista a construção de uma unidade industrial para a produção de ácido tereftálico purificado (com capacidade para 700 mil toneladas ao ano) e que levará à "consolidação do cluster petroquímico da região".

Os restantes projectos destinam-se a sectores tão diferenciados como o da indústria de celulose (Celbi), na Figueira da Foz, os cimentos, em Setúbal (CNE - Cimentos Nacionais e Estrangeiros, SA), as artes gráficas, em Lisboa (Mirandela), ou o turismo, em Viseu (Movida, Empreendimentos Turísticos).

O aumento da capacidade produtiva e da componente exportadora e a diversificação dos produtos são alguns dos objectivos que sustentam grande parte dos projectos de expansão ontem aprovados pelo Governo. Mas há outros factores de competitividade que são tidos em conta, designadamente a necessidade de uma maior eficiência ambiental - é o caso da Celbi -, investimentos tendentes a uma maior racionalização nos consumos energéticos - Cimentos Nacionais e Estrangeiros - e o reforço das componentes de higiene e segurança no trabalho - que é uma das componentes da ampliação e modernização dos Palácios do Gelo, Desportos e de Congressos da Movida.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt