Governante polaco furioso com árbitro
Polémica. Primeiro-ministro quis "assassinar" o juiz
Donald Tusk contesta penálti, marcado por Webb, a favor da Áustria
O primeiro-ministro polaco ficou furioso com a arbitragem do inglês Howard Webb no Áustria-Polónia de anteontem e até teve vontade de "assassiná-lo". A afirmação foi feita ontem pelo governante, em declarações à imprensa polaca.
"Como primeiro-ministro, devo ser equilibrado e sereno, mas a noite passada [anteontem] foi diferente: queria assessiná-lo", afirmou Tusk, citado pelo diário espanhol Marca. O governante considera que Howard Webb cometeu um "erro óbvio", quando assinalou uma grande penalidade a favor da Áustria, já nos descontos da partida, que terminou empatada a um.
Tudo se passou num lance na grande área polaca. O polaco Bak agarrou o austríaco Prödl e o juiz da partida não teve dúvidas: marcou o penálti, através do qual Ivica Vastic estabeleceu o resultado final.
A Áustria até terá sido mais vitimizada pela arbitragem durante a partida, mas Tusk não se conforma. O primeiro-ministro considera injusto o resultado da partida, já que não se processou "na primeira parte, quando a Áustria criou algumas oportunidades" mas apenas "aos 93 minutos, quando a Polónia foi prejudicada" pelo pretenso erro de Howard Webb.
Perante as fortas críticas - os media polacos também se "atiraram" à prestação de Howard Webb - até a UEFA já sentiu necessidade de intervir, para defender o juiz inglês. "Não pode haver controvérsia quando é assinalado um penálti por um jogador ter sido agarrado e atirado ao chão na grande área", reagiu o director de comunicação do organismo, William Gaillard. "Seguramente, foi uma decisão seguindo as regras do jogo", frisou o dirigente da UEFA.