Gondomar ainda espera pela justiça desportiva
Gondomar esteve no centro do processo "Apito Dourado". O megajulgamento do processo original ocorreu na "cidade do ouro", condenou os presidentes da autarquia e do clube gondomarense e esteve, em grande parte, centrado no Gondomar Sport Clube.
Em causa esteve o tráfico de influências e corrupção/coacção de árbitros no futebol português, tendo por base a Zona Norte da II Divisão B, onde competia o Gondomar em 2003/04. Acusado de montar um esquema de favorecimento do Gondomar (que subiu de divisão), José Luís Oliveira, vice-presidente da autarquia gondomarense e presidente do clube, acabou condenado a três anos de prisão.
Valentim Loureiro, presidente da câmara, também "apanhou" pena suspensa: três anos e dois meses, por abuso de poder e prevaricação.
Contudo, apesar de a justiça civil já ter chegado a uma decisão - correm agora os recursos -, falta a decisão da justiça desportiva quanto a uma eventual condenação do Gondomar (e do Vizela, também apanhado nas malhas do "Apito"). O caso estava nas mãos da Federação Portuguesa de Futebol, que a 12 de Maio do ano passado o remeteu para a Liga. E os clubes continuam na expectativa quanto a um eventual castigo.
"É muito díficil não saber em que divisão se vai competir", diz o actual presidente do Gondomar, Álvaro Cerqueira, temendo uma eventual descida na secretaria. "É uma situação que prejudica muito a abordagem de atletas e patrocinadores", completa. Os adeptos do Gondomar é que só esperam uma decisão da Comissão Disciplinar da Liga no final da época. "Só se vai saber consoante a descida ou não da Oliveirense", diz o adepto David Cardoso, ironizando com o facto de a equipa da terra do presidente da Liga, Hermínio Loureiro, ainda lutar pela manutenção.