GNR identifica membros da comissão de festas de Monsaraz

A GNR identificou os elementos da comissão de festas de Monsaraz, onde um touro foi hoje abatido ilegalmente no final de uma novilhada popular, e apreendeu a carcaça do animal, revelou à agência Lusa fonte da força de segurança.
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As autoridades estão também a desenvolver esforços para identificar o autor material da morte do touro, adiantou a mesma fonte, uma vez que o abate não foi presenciado, por o animal ter sido coberto com um pano escuro.

A GNR vai também levantar um auto de contraordenação por abate ilegal.

O animal vai ser entregue a uma instituição de solidariedade social, depois de observado por um veterinário.

O touro foi hoje à tarde abatido ilegalmente na vila medieval de Monsaraz, concelho de Reguengos de Monsaraz, no final de uma novilhada popular, cumprindo uma tradição reivindicada pela população local.

O golpe fatal foi desferido pelas 20:35, depois de o touro ter sido laçado e preso ao muro da arena improvisada, na antiga praça de armas do castelo de Monsaraz, histórica povoação localizada nas margens da albufeira de Alqueva.

O abate do touro não foi presenciado pela assistência que quase enchia o castelo (cerca 1000 pessoas), por o animal ter sido coberto com um pano escuro.

Apesar da proibição do espetáculo, por não lhe ter sido reconhecido o caráter de exceção previsto na legislação, a população de Monsaraz voltou a cumprir a promessa de manter a tradição que reivindica de matar um touro no final da novilhada.

O touro foi abatido apesar de a autorização excecional para espetáculo com touro de morte, proibido por lei, ter sido recusada, pelo 11.º ano consecutivo, pela Inspeção Geral das Atividades Culturais (IGAC).

A novilhada com touro de morte, o último lidado, faz parte do programa das festas em honra de Nosso Senhor Jesus dos Passos, em Monsaraz, que se realizam anualmente no segundo fim de semana de setembro.

Segundo a tradição reivindicada pela população e autarquias locais, o espetáculo taurino - de caráter amador e popular e que termina com a morte ritualizada do touro no final da lide - realiza-se desde 1877, de forma ininterrupta.

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