A aposta da Global Media Group (GMG), detentora dos jornais Diário de Notícias, Jornal de Notícias, O Jogo, entre outros, nas edições impressas, mantém-se e é para continuar. A garantia foi dada pela administração do grupo, em comunicado, e reiterada pelo seu presidente, Marco Galinha, esta quinta-feira, em declarações à Lusa..No texto enviado às redações, a GMG lembra que "nos últimos anos recuperou a publicação diária do DN e tem vindo a apostar na valorização de todos os seus títulos", pelo que "não vai descontinuar nenhuma publicação em papel"..Isto apesar de manter uma forte "aposta no digital, assumida como prioridade estratégica do grupo". Algo que assentará "na visão multiplataforma e de complementaridade entre suportes", mas que não irá "colocar em causa a relevância dos formatos impressos na relação com os leitores e com os anunciantes"..A tomada de posição surge em reação a uma notícia, avançada pela Lusa, citando o presidente da KNJ Investment Limited, Kevin Ho, acionista da GMG com 35,25%, que em Macau afirmou: "Haverá algumas revistas ou mesmo alguns jornais mais indicados do lado digital do que no papel"..Prosseguia a notícia da Lusa que "com o custo do papel a atingir níveis cada vez mais elevados", a GMG está "a analisar diferentes formas de, em primeiro lugar, reduzir custos, e de, em segundo lugar, aumentar as receitas", pelo que foi depreendido que algumas edições em papel iriam acabar..De facto, escreve a GMG, "depois de dois anos de pandemia e de dificuldades criadas pela Guerra na Ucrânia, com reflexos no aumento exponencial do preço do papel, o contexto difícil dos media não pode deixar de ser motivo de preocupação e de reflexão por parte de todos os grupos de media, na procura de estratégias sustentáveis e de longo prazo para as marcas. É neste quadro que devem ser enquadradas as declarações de Kevin Ho"..No entanto, garante o grupo, essa "reflexão" não tem como sequência "qualquer mudança estratégica na continuidade de todas as publicações em papel do grupo"..Marco Galinha, em declarações à Lusa já esta tarde, reforçou: Kevin Ho "deve estar a falar a longo prazo e não no curto nem médio prazo". Até porque, lembrou, a passagem, nos media, das edições em papel para o digital tanto irá ocorrer em Portugal "como em todo o mundo". Mas é algo que não está no horizonte mais próximo..A Global Media é ainda dona do Dinheiro Vivo e da TSF e acionista da Lusa. O Grupo Bel adquiriu, em 2020, o controlo exclusivo da Global Notícias - Media Group, e respetivas subsidiárias, segundo um aviso publicado pela Autoridade da Concorrência (AdC), em 04 de novembro desse ano. Com Lusa