Gestor Pedro Norton novo administrador executivo da Fundação Gulbenkian

O gestor Pedro Norton, de 49 anos, é o novo administrador executivo da Fundação Calouste Gulbenkian, anunciou hoje a instituição, em Lisboa. Sai Artur Santos Silva
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No primeiro Conselho de Administração plenário, presidido por Isabel Mota, realizado hoje, Pedro Norton, 49 anos, foi indicado para a administração da Fundação Calouste Gulbenkian, anunciou hoje a instituição, em Lisboa.

Pedro Norton foi diretor executivo do Grupo Impresa, onde acompanhou o nascimento da SIC Notícias e a reestruturação do semanário Expresso. Integrou a administração liderada por António Domigues na Caixa Geral de Depósitos. Demitiu-se em novembro de 2016.

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"Além das competências de Pedro Norton enquanto gestor, o Conselho de Administração da Fundação Gulbenkian destaca as suas qualidades pessoais e profissionais demonstradas nos vários momentos da sua carreira", assinala o comunicado.

Teresa Gouveia, Martin Essayan, José Neves Adelino e Guilherme d'Oliveira Martins também fazem parte do conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian.

Limite de dois mandatos

Isabel Mota tomou posse na quarta-feira como presidente do Conselho de Administração da Fundação Gulbenkian, sucedendo a Artur Santos Silva, que agora deixa as suas funções na instituição.

De acordo com o comunicado da Gulbenkian, o conselho deliberou também um limite de dois mandatos consecutivos, de cinco anos cada, para os administradores executivos, regra a que já obedecia o presidente da Fundação Gulbenkian, e agora é extensível aos seus administradores.Na cerimónia da tomada de posse, na quarta-feira, Isabel Mota, 65 anos, primeira mulher a liderar a FCG, disse: "Importa compreender que há novos desafios e, mantendo-se fiel às suas finalidades estatutárias, a Fundação tem de ousar trilhar caminhos novos, como, aliás, sempre o fez no passado".

A tomada de posse da nova presidente encheu o auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, com convidados como os ex-chefes de Estado Aníbal Cavaco Silva e Jorge Sampaio, o cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, e o filósofo Eduardo Lourenço, entre centenas de funcionários da instituição.

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"Para mim, este é também o principal desígnio da Fundação - a mais relevante instituição filantrópica portuguesa -, antecipar o futuro e apostar na inovação, ajudando a preparar os cidadãos de amanhã", sublinhou Isabel Mota, que, na intervenção, reafirmou os três compromissos que assumiu no final do ano passado, quando o seu nome foi anunciado.

Entre esses compromissos essenciais, que destacou, está o acompanhamento "dos mais vulneráveis, que deverão ser os principais beneficiários da atividade da Fundação".

Nesses compromissos, também apontou o futuro, para prosseguir o propósito de manter a Fundação a acompanhar os novos tempos, e a importância da cultura, compreendendo a arte, a educação e a ciência.

Instituição sem fins lucrativos criada com bens do mecenas arménio Calouste Gulbenkian (1869-1955), legados a Portugal sob a forma de fundação, a partir de disposição testamentária, a Gulbenkian tem como principais atividades, exercidas em quatro áreas estatutárias: a arte, a beneficência, a educação e a ciência.

A Fundação Calouste Gulbenkian possui ainda uma orquestra própria, um coro, bibliotecas, salas de espetáculos e duas coleções de arte, uma de arte antiga e outra de arte contemporânea, expostas ao público.

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