Ganhos de protutividade nas empresas que apostam em formação podem chegar aos 5%
A Fundação José Neves lançou o livro "Guia para empresas: como apostar na formação dos trabalhadores?", que faz um retrato da situação portuguesa, revela os benefícios da formação e deixa recomendações e práticas para que as empresas e gestores consigam contornar as dificuldades com que se deparam.
Segundo dados do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, cerca de 84% das empresas portuguesas não investiram na formação dos seus colaboradores em 2019, apesar de reconhecerem que este é um tema importante.
Em Portugal, a falta de tempo, os custos inerentes à formação, a falta de oferta formativa adequada, a dificuldade em avaliar as necessidades de formação, o receio de perder o trabalhador e o investimento realizado, e o facto de os contratos de curto prazo não promoverem a formação, são os principais obstáculos apresentados pelas empresas para não oferecerem formação.
Um estudo recente sobre Portugal mostra que a produtividade das empresas tende a aumentar pelo menos 5% quando as empresas investem em formação. Além disso, "a formação dos trabalhadores promove ainda ganhos de competitividade, mais produtividade e melhores salários e inclusive a retenção de trabalhadores, ao reforçar o seu sentimento de satisfação e orgulho na empresa".
"As empresas têm um papel fundamental na criação de mecanismos para apoiar a formação e promover formação em contexto de trabalho. Mas a verdade é que, menos de 20% das empresas promove a formação dos seus trabalhadores. Este guia de leitura rápida e objetiva revela os obstáculos existentes, demonstra os ganhos da formação ao nível da produtividade, performance e rentabilidade da empresa, e ajuda empresários, gestores e as empresas a identificarem as necessidades que podem fazer a diferença para melhorar as suas organizações e para incutirem estratégias, planeamento e uma cultura aberta à aprendizagem", afirma Carlos Oliveira, Presidente Executivo da Fundação José Neves.