Costinha (treinador do Nacional): "A equipa do Aves veio com o objetivo de não sofrer golos, tentando encontrar a velocidade na frente, pois tem aí jogadores velozes. A minha equipa tentou e teve oportunidades..Na primeira parte, poderíamos ter feito um jogo um pouco mais rápido. Houve alguma lentidão naquilo que foi a troca de bola, mas não posso apontar nada aos meus jogadores. O detalhe de fazer o golo ou o passe correto é técnico e aí cada qual tem a sua técnica..Tivemos algumas boas oportunidades para poder desbloquear o marcador e obrigar o Aves a jogar um pouco mais subido e conceder um pouco mais de espaço. Era difícil para nós, com tantos jogadores que formavam o meio-campo e fácil para eles, que tinham um outro meio-campo completamente aberto para poder explorar a velocidade dos seus contra-ataques. É a estratégia deles e foi bem conseguida..A ansiedade não nos afetou, porque, se nos tivesse afetado, não tínhamos criado situações de golo. Temos de corrigir o gesto e ser eficazes. Não podemos ter três ou quatro ocasiões e não fazer um golo..O Aves é uma equipa forte nas bolas paradas e sabíamos que o ponto mais débil era o segundo poste e, numa das bolas, quando tínhamos o Vítor Gonçalves completamente sozinho, o Júlio César retirou-nos essa possibilidade..Não abandonámos esta corrida, pois ainda faltam vários jogos, que podem ser difíceis ou fáceis, mas temos de os jogar de uma maneira profissional e ambiciosa. Acredito que podemos ter um final feliz.".Augusto Inácio (treinador do Desportivo das Aves): "Este ponto premeia o desempenho defensivo da equipa. Esta é uma equipa talhada para defender bem e tentar em transições rápidas surpreender o adversário. A estratégia era não sofrer golos e tentar marcar um. Não houve grandes oportunidades de golo. O Nacional rondou a nossa baliza, principalmente na segunda parte, e é capaz de ter tido uma ou outra oportunidade também..Era um jogo com um adversário direto, ambos com a 'corda na garganta' para a sobrevivência na I Liga. Jogando num campo difícil, contra uma boa equipa e um bom treinador, um ponto pode ser considerado positivo. Se fosse em casa, diria que era um ponto negativo..Os calendários são apertados para todos. Nós tivemos saídas ao Rio Ave e ao Nacional, jogamos agora com o Sporting e o Guimarães, tudo jogos complicados. Desde que eu entrei, todos os jogos têm sido muito importantes. Terminámos a primeira volta com 12 pontos e já temos 30..Se não for esse rigor e essa concentração, com espírito de união e sacrifício, provavelmente estaríamos já a falar de um Desportivo das Aves na II Liga. Mérito dos jogadores, que têm trabalhado muto bem, com as soluções que temos..Dá sempre alento quando se soma pontos e, nas últimas seis saídas, tivemos três vitórias e três empates e sofremos só um golo em Portimão. A nossa força está aí mesmo. O plantel é escasso em termos de soluções e o meu problema é agora as lesões e os cartões amarelos."