José Peseiro (treinador do Vitória de Guimarães): "Entrámos bem no jogo. Fizemos o golo. Poderíamos ter feito mais um. Tivemos algumas decisões no último momento em que poderíamos criar situações de golo em que perdemos esse espaço. Quando tudo estava a desenrolar-se de forma positiva, em que estávamos a controlar, perdemos de um momento para o outro o equilíbrio. .O Vitória de Setúbal, mesmo a perder por 1-0, deu-nos a bola, recuou e condicionou muito a nossa construção. Não é fácil jogar contra uma equipa que baixa linhas como o Vitória baixou. Obrigou-nos a construir de uma forma a que não estamos habituados, em que os nossos laterais têm de assumir mais e os médios mexer e pressionar. .A partir daí, o Vitória de Setúbal ficou mais cómodo e nós incómodos, apesar de estarmos a vencer por 1-0. É estranho, mas também sabemos a exigência deste clube, em que o jogador sente a obrigação de o procurar, muitas vezes sem discernimento. O Vitória, em termos exibicionais, ficou por cima da nossa equipa. Levámos um golo de canto, o primeiro desde que cá estamos. Acabámos mal a primeira parte. .Na segunda parte, dominámos, mas não criámos muitas situações de golo. Não jogámos muito bem. O Vitória [de Setúbal] procurou gerir. Não foi um grande jogo. Não ganhámos este jogo por nossa responsabilidade, porque não jogámos ao nível que eu achava que poderíamos. Aceito o resultado. Podíamos ter feito mais. .Dar três minutos [de compensação na segunda parte] num jogo destes não sei o que dizer. O Vitória de Setúbal teve vários jogadores no chão a serem assistidos. Com os três minutos de substituições, poderiam ser seis ou sete. Não quer dizer que viéssemos a ganhar, mas foi na fase em que estávamos mais fortes. .Sobre o Hurtado, aceito [que a saída tenha prejudicado a equipa]. Quando há pouco espaço para jogar, os jogadores mais criativos, que sabem ler melhor o jogo fazem falta à equipa".. José Couceiro (treinador do Vitória de Setúbal): "Não saio contente. Mais uma vez, saio triste. É só ver o lance do golo [Konan está em fora de jogo no cruzamento para João Aurélio]. Não sei como é que o VAR não consegue ver as linhas da relva. Saio revoltado e comecei a cansar-se relativamente a algumas situações com os nossos jogadores. .O Vitória de Setúbal fez hoje o jogo 2.000 na I Liga. É um histórico. Não queremos nenhum tratamento privilegiado. Agora, em 30 jogos da I Liga, não temos um jogo em que possamos dizer em que tivemos um ponto que foi um erro a nosso favor. Mas temos pontos perdidos com erros contra nós, desde a expulsão na primeira jornada, contra o Moreirense [1-1]. .O Vitória de Setúbal já não devia estar nesta posição. Tenho a equipa completamente revoltada no balneário, com razão. Devíamos sair daqui com a vitória. Eu não falei na intensidade dos penáltis, porque é comum contra as equipas de maior poder. Os critérios disciplinares não perdoo, e não perdoo este tipo de situações. Naturalmente estaríamos satisfeitos por vir a Guimarães empatar, frente à quarta equipa com mais público no estádio. .Estamos muito apreensivos. O Vitória foi fundado em 1910. Por muitas crises e problemas internos que possamos ter, merecemos mais respeito. Estou a sentir um ambiente muito negativo há muito tempo. .Não entrámos muito bem no jogo. Demos algum espaço e permitimos que o Vitória de Guimarães ganhasse alguma confiança. Depois acertámos e tivemos o jogo sempre controlado. Acreditámos que poderíamos eventualmente ganhar o jogo. Tenho de fazer a gestão da equipa. Esta é uma fase final que tem muitos problemas - acumulação de cartões. Tive de fazer ali alguma gestão. Mas não vou dizer que o resultado não é justo, em termos de qualidade de jogo..Fico muito satisfeito que [Yannick Djaló, de regresso aos relvados após dois anos sem jogar] tenha recuperado. É uma recuperação fantástica. Espero que não haja nenhuma recaída. Nesta semana, tivemos muita gente com problemas nos joelhos. O Yannick é um jogador com qualidade, que sempre pensámos que nos podia dar mais".