Futebol: I Liga / Vitória de Guimarães -- Portimonense (declarações)

Declarações após o jogo entre o Vitória de Guimarães e o Portimonense, da nona jornada da I Liga portuguesa de futebol, que terminou com um empate (3-3):
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Pedro Martins (treinador do Vitória de Guimarães): "Quando iniciámos o jogo, a nossa perspetiva era ganhar. Agora, também não podemos dissociar os primeiros 30 minutos que tivemos, porque foram maus. São 30 minutos que temos de erradicar. A partir daí, a equipa lutou, trabalhou, em muitos momentos superou-se, teve um caudal ofensivo tremendo, momentos de recuperação em que estava disponível. Este é o verdadeiro Vitória que queremos projetar para o futuro.

É um empate que, muito sinceramente, pela superação e pela entrega, acaba por ser positivo, mas, no entanto, aquilo que nós pretendíamos era três pontos. Há aqui também um agridoce que temos na nossa mente e na nossa alma.

Isto [decisões erradas no vídeoárbitro] já aconteceu com o Bruno Esteves no jogo do Estoril. Quando digo erradas, porque ele está sentado com oito ecrãs de televisão e tem obrigação de tomar as decisões certas. Não estou a fugir às responsabilidades, só que também não é fácil, porque temos carreiras, famílias, futuro pela frente e não pode ficar dissociado alguém que tem oito ecrãs e não veja os lances capitais.

Estou-me a referir a um lance aos 32 minutos [golo anulado a Rafael Martins]. No Estoril, já passou um penálti em claro sobre o Hélder, passou outro penálti claro sobre o Raphinha e o jogo podia ser completamente diferente. Hoje, há o lance do Raphinha que faz o passe para o Rafael Martins, e ele faz golo limpinho. Não estou a falar de uma situação de critério, como a do Hurtado [seis minutos]. Provavelmente, o Hélder Malheiro terá pensado que o Hurtado poderia induzir em erro o próprio guarda-redes. Agora, a outra situação não.

(Porque subiu mais cedo ao relvado após o intervalo?) Os jogadores já estavam no túnel. Eu, como líder deles, dou a cara em qualquer momento, seja bom ou seja mau. Nós sentíamos que podíamos e devíamos mudar o jogo. Sentíamos internamente que iamos virar o jogo.

A melhor resposta [do balneário à situação atual] foi esta que nós demos. Se não estivéssemos coesos, unidos e fortes, não tínhamos dado a resposta que demos em campo, e numa situação muito difícil, porque a massa também estava exigente naquela fase. Demos a volta com uma grande crença. A nossa classificação não condiz com o valor deste plantel, mas vamos dar a cara e estamos aqui para lutar. Tenho a certeza que no futuro vamos dar respostas muito boas perante o que está a acontecer."

Vítor Oliveira (treinador do Portimonense): "[Fizemos] uma meia hora muito boa, semelhante a outros jogos desta temporada, só que hoje tivemos maior eficácia. A segunda parte foi mais difícil. Tivemos poucas soluções a meio-campo e sabíamos que íamos passar por dificuldades, até pelo jogo direto que o Vitória utilizou na segunda parte. Temos alguma dificuldade em jogar contra este tipo de equipa. Há mérito do Vitória.

É evidente que, depois do 3-0, pensávamos que podíamos aspirar a uma vitória. Não conseguimos. Houve mérito nosso na primeira parte, houve mérito do Vitória na segunda parte. Depois do 3-3, temos duas boas situações para fazer o 4-3. O resultado acaba por se justificar. Uma parte para cada equipa. Gostaríamos de levar os três pontos. Levámos um. As duas equipas estão de parabéns.

Jogar contra o Vitória é sempre muito difícil. É uma excelente equipa. O público é um jogador importantíssimo neste campo. Os jogadores acreditam sempre, independentemente do resultado. Precisávamos de ter bola, não conseguimos à exceção dos últimos cinco minutos. Normalmente até gerimos bem a posse da bola. O meio-campo estava muito desgastado, fez um esforço muito grande.

Estamos a tentar incutir esse espírito [de jogar de igual para igual com o adversário] na equipa. É evidente que precisamos de materializar em golos as situações que vamos criando. Hoje, na primeira parte, tivemos muita eficácia, na segunda parte não. Estamos a tentar jogar 'olhos nos olhos' em todos os campos. Não sabemos jogar de outra forma.

Antes do jogo, [o empate] seria sempre um bom resultado. Penso que qualquer equipa gosta sempre de levar pontos de Guimarães. Depois do jogo, tem um sabor amargo. [A equipa] poderia ter feito mais em alguns momentos, mas foi solidária e competitiva."

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