Futebol: I Liga / Estoril-Praia -- Portimonense (Declarações)
Ivo Vieira (treinador do Estoril-Praia): "A nossa intenção era fazer golos. Para ganhar o jogo tínhamos de marcar. O positivo é que há dois jogos que a equipa não sofreu golos. Hoje, a equipa teve mais posse de bola e mais situações de finalização do que o adversário. Os jogadores fizeram tudo para sair daqui com outro resultado. Defrontámos um adversário que está num bom momento e que em termos coletivos é uma boa equipa. Poderíamos ter sofrido um ou dois golos, mas poderíamos ter marcado também dois ou três. Temos de ser otimistas e esperar que aconteça num futuro próximo.
A equipa, em todos os momentos do jogo, quis ganhar. Esteve bem. É também verdade que houve momentos em que o adversário esteve melhor. Hoje conseguimos rebater e anular o nosso adversário. Não creio que o facto de o golo ter sido anulado tenha ajudado o crescimento da nossa equipa neste jogo.
Se eu não acreditasse que o ciclo negativo se quebre em breve eu não estaria aqui. O que é certo é que a equipa melhorou. Não em termos de resultados, foram dois empates, mas em termos de qualidade do jogo. Não podemos atirar a toalha ao chão, temos de acreditar dia-a-dia. Não podemos fazer da falta de golos um trauma. As coisas irão surgir naturalmente.
Queremos sair desta situação, a posição na tabela (último lugar) não é confortável para ninguém. Se analisarmos a frio os dois últimos jogos há indicações que mostram que iremos sair rapidamente desta situação."
Vítor Oliveira (treinador do Portimonense): "O jogo não foi de grande qualidade. Nenhuma das duas equipas esteve ao melhor nível. Este foi o nosso pior jogo fora de casa. Entrámos bem no jogo, acabámos por ficar por cima na primeira parte. Na segunda, entrámos à procura do golo. O lance é polémico, de decisão algo duvidosa. A partir daí, a nossa equipa, que estava em momento de euforia, com a anulação do golo a situação inverteu-se completamente. Não conseguimos fazer três passes seguidos. O jogo ficou partido, não sabemos jogar assim. Nos últimos 25 minutos, o Estoril-Praia esteve por cima e poderia ter chegado ao golo. Depois do golo anulado só o Estoril-Praia jogou.
O Portimonense é uma equipa que vem da II Liga. Só temos dois jogadores que fizeram, poucos, jogos na I Liga. Fora de casa jogámos com o Benfica, o FC Porto, o Sporting de Braga e o Vitória de Guimarães, onde empatámos.
É importante para uma equipa que sobe de divisão estar seis jogos sem perder. Prevíamos que iríamos defender o jogo até aos 90 minutos. É um bom tónico e ajuda-nos durante a semana. Não podemos perder a motivação por esta situação do VAR.
Já vi a repetição de dois ângulos e parece-me que foi mal anulado. Num lance duvidoso o protocolo diz que só em caso de certeza absoluta é que se deve interromper. O VAR é um instrumento importante para a transparência do futebol. Já se passaram muitas coisas erradas. Temos 18 casos que o VAR resolveu, mas há outro tanto em que não esteve bem. É importante uniformizar critérios. Se isto fosse tão bom não haveria motivos para o VAR não estar presente no próximo Campeonato do Mundo.
Não me parece que Rúben Fernandes tenha interferência na visibilidade de Moreira. Já vimos tanta coisa em que o VAR não interveio e neste lance parece-me duvidoso, não há certeza absoluta que o Rúben interfira no lance."