Furacão Lane aproxima-se do Havai a perder força mas ainda de nível 4

O furacão Lane, que está a aproximar-se do arquipélago do Havai, está a perder força, mas continua de nível 4, o segundo mais elevado.
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O Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos informou que os ventos, com força de tempestade tropical, podem começar já a fazer-se sentir na madrugada de quinta-feira (menos 11 horas que em Lisboa) na Big Island.

O furacão encontra-se hoje a cerca de 490 quilómetros a sul de Kailua e deslocava-se para noroeste em direção às outras ilhas.

O meteorologista Chevy Chevalier, em Honolulu, disse à AP que os ventos diminuíram durante a noite de terça para hoje de 259 para 250 quilómetros por hora o que acabou por reclassificar o furacão da categoria 5 para a categoria 4.

Segundo Chevalier, o furacão pode ainda diminuir para uma categoria 3 durante a tarde de quinta-feira, mas alertando que mesmo assim ainda seria um grande furacão.

O meteorologista diz que até ao início de sexta-feira o furacão deverá diminuir a sua intensidade para a categoria 2, com ventos de até 177 km/hora estando nessa ocasião com o centro localizado a sul de Honolulu.

"Esperamos que enfraqueça gradualmente à medida que se aproxima das ilhas", disse Chevalier. "Dito isto, na nossa previsão atual, a partir da tarde de quinta-feira, ainda temos um grande furacão."

Com ventos a 209 quilómetros por hora, segundo essa previsão, o furacão pode causar danos catastróficos.

Os moradores das ilhas do Havai estão a esgotar os 'stocks' de água engarrafada nos supermercados, procurando bens essenciais, ao mesmo tempo que enfrentavam a ameaça de chuvas fortes, enchentes e ondas altas.

As escolas públicas na Big Island e na ilha de Maui fecharam até novo aviso.

O governador do Havai, David Ige, permitiu aos funcionários públicos de serviços não essenciais destas duas ilhas que façam uma licença administrativa. Por outro lado, os funcionários que trabalham em resposta a desastres, bem como em hospitais e prisões, são obrigados a reportar aos seus empregos, disse o governador.

O furacão estava a mover-se a 15 km/hora, disse a meteorologista Melissa Nye.

"Estamos a começar a ver algumas das chuvas no radar da Big Island", disse Melissa Nye. As boias marítimas também detetaram a ação das ondas associadas à tempestade.

A região do Pacífico central recebe menos furacões do que as outras regiões, com apenas quatro ou cinco tempestades nomeadas por ano, e o Havai raramente é atingido. A última grande tempestade a atingir o arquipélago foi Iniki, em 1992

"Os ventos tendem a afastar as tempestades", explica Gabe Vecchi, climatologista da Universidade de Princeton. Os ventos de nível superior tendem a ser fortes o suficiente para destruir as tempestades.

O morador de Kauai, Mike Miranda, tinha 12 anos quando o furacão Iniki devastou a ilha, há 26 anos. "Muitas pessoas estão a comparar as semelhanças entre o Iniki e o Lane", disse.

A chegada do furacão Iniki às ilhas foi repentina, lembrou.

"Eu lembro-me de como pouca chuva caiu. Mas eu lembro-me do vento, a força mais forte da natureza que eu já testemunhei e, provavelmente, dos sons mais assustadores que já ouvi na minha vida", disse Miranda.

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