Fundação Gulbenkian distingue Museu Diocesano de Santarém
O prémio atribuído anualmente pela Fundação Calouste Gulbenkian, no valor de 50 mil euros, premiou o Museu Diocesano de Santarém distinguindo "a importância deste novo museu para a dinamização cultural da região, assim como as obras de recuperação e conservação da catedral realizadas no âmbito deste projeto", lia-se esta quarta-feira em comunicado da fundação.
O júri do prémio, composto por Dalila Rodrigues, António Lamas, José Pedro Martins Barata, José Sarmento de Matos e Rui Esgaio, foi unânime na decisão e apontou a "importância e abrangência do património recuperado", assim como o "resgate da perda iminente de um conjunto de peças de arte sacra" que faz parte do acervo do museu.
Integrado na Rota das Catedrais, iniciativa que envolve a Diocese de Santarém, a Direção Geral do Património Cultural, e conta com a colaboração do Município de Santarém, o projeto do Museu de Arte Sacra foi coordenado pelo arquiteto Pedro Resende Leão. Com uma coleção de arte religiosa que vai desde o século XIII até à contemporaneidade, dela fazem parte 220 obras de pintura, escultura, ourivesaria, talha, azulejaria, mobiliário litúrgico, têxteis, livros e documentos em pergaminho e em papel, provenientes do Fundo Antigo da Sé e Seminário de Santarém, tal como de várias paróquias da diocese de Santarém.
O júri do Prémio Vasco Vivalva atribuiu ainda uma menção honrosa à recuperação do Cinema Ideal, no Chiado, a primeira sala de cinemas em Lisboa. Abriu as suas portas em 1904 e, na década de 1970, passava a Cinema Paraíso, que exibia filmes pornográficos. O projeto que levou à sua reabertura em agosto do ano passado resultou de uma iniciativa privada da distribuidora Midas Filmes e a Casa da Imprensa, tendo José Neves assumido o projeto arquitetónico.