Frisos do Pártenon não resistem à poluição
Réplicas no lugar dos originais evitam que frisos fiquem mais danificados
Os arqueólogos gregos planeiam transportar brevemente para o Museu da Acrópole os últimos frisos do Pártenon, devido à poluição, e substituí-los por réplicas.
Para o novo museu de Atenas, que abrirá ainda antes do final deste ano, os especialistas esperam que sejam também devolvidos os frisos que se encontram no Museu Britânico de Londres, uma antiga reivindicação grega.
A chuva ácida e outro tipo de contaminantes atacam duramente os mármores do Pártenon, transformando-os em gesso, segundo os arqueólogos.
Não é a primeira vez que isto acontece. Também em 1976 foram retiradas partes importantes dos frisos e trasladadas para o antigo museu da Acrópole.
Em 1979 foram ainda substituídas por cópias das Cariátides do Templo de Erecteion. Salvaram-se do desgaste do tempo 64 frisos, que representavam diversas cenas de batalhas mitológicas, dos quais 48 estão em Atenas e 15 encontram-se no Museu Britânico, há mais de dois séculos.
O templo do Pártenon de Atenas, considerado um símbolo universal da cultura grega clássica, é um dos monumentos mais importantes da Antiguidade.
No caso de o Reino Unido não devolver as partes que faltam, os gregos vão representá-las através de hologramas numa das salas do novo museu.
Segundo os media gregos, Atenas e Londres estão a tentar negociar esta questão de forma reservada, sob a mediação da UNESCO. A solução que mais agradava à Grécia era a devolução dos frisos para sempre, o que o país reclama há mais de 25 anos.
Em contrapartida, os gregos enviariam regularmente para Londres peças únicas nunca anteriormente mostradas no estrangeiro para se destinarem a exposições especiais do Museu Britânico.
O presidente do organismo para a construção do novo museu da Acrópole, Dimitris Pandermalis, disse à agência espanhola Efe que são 17 os frisos a transferir do templo dedicado à deusa Atena Parthenos em 447 a.C. O especialista considera que os maiores danos aos frisos aconteceram em tempos cristãos, no século VI d. C.