O grupo Media Capital Rádios (MCR) está a preparar uma nova marca de rádio para a frequência do Rádio Clube Português (RCP), em relação ao qual anunciou, quinta-feira, a rescisão com 36 colaboradores, confirmou o DN junto de várias fontes do meio..Criado em 2007 com uma filosofia de "rádio de palavra", sob a direcção de Luís Osório, numa postura de concorrência directa à rádio de informação TSF e Antena 1, o RCP irá mudar de filosofia..Uma alteração que terá de ser comunicada à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), que, ao DN, pela voz do seu presidente, José Azeredo Lopes, declarou estar à espera dos desenvolvimentos do processo para poder avaliar. .De resto, em comunicado, o grupo, que anunciou que por razões de "reorganização de toda a estrutura" iria dispensar este conjunto de pessoas, avançou logo que iria manter a frequência, mas com "um novo formato, com três noticiários ao longo do dia, sendo o resto do dia preenchido com música dos anos 60 e 70". Uma espécie de complemento à rádio M80, que emite música dos anos 80, e que tal como as restantes marcas Comercial, Cidade FM, Best Rock FM, e Romântica FM, irá continuar a ter investimento do grupo MCR.. O mesmo grupo anunciou quinta-feira o encerramento, a partir de domingo, do Rádio Clube, invocando a "inviabilidade económica" de um projecto "tecnicamente complexo e dispendioso" e "na actual conjuntura, se tornou inviável"..De acordo com últimos dados do Bareme Rádio, o RCP teve no 1.º trimestre uma Audiência Acumulada de Véspera (AAV) de 0,7%, ou uma queda de 53,3% face a igual período de 2009, e de 41,67% face à vaga anterior..Mas a situação do RCP, que tinha até 2010 para se tornar viável, piorou um ano antes em audiências e consequentemente em receitas. Logo aí foram dispensados dez colaboradores, com o objectivo de baixar custos, ambos repudiados pelo Sindicato dos Jornalistas. O DN tentou o contacto com o actual director do RCP, Vítor Moura, sem sucesso até ao fecho desta edição.