Cristiano Ronaldo decidiu não prestar quaisquer declarações depois de ter falado na manhã desta segunda-feira à juíza Mónica Gomez, do tribunal de primeira instância de Pozuelo de Alarcón, nos arredores de Madrid..Um responsável da empresa de comunicação que, em Espanha, gere as contas da Gestifute, foi o único que veio ao púlpito instalado no exterior do edifício - e onde se esperava que o próprio jogador viesse falar à imprensa - para informar os jornalistas de que as informações que Cristiano Ronaldo quer transmitir serão enviadas em breve às redações, através de um comunicado. "O jogador está a caminho de casa. Em 20 minutos terão um comunicado de imprensa", disse Iñaki Torres..Segundo o El País, havia mais de 27 órgãos de comunicação social estrangeiros a aguardar as declarações do avançado português..Cristiano Ronaldo evitou a fotografia e entrou pela garagem para o tribunal, onde era esperado na manhã desta segunda-feira para prestar declarações, pelas 11:30 (menos uma hora em Lisboa). O jogador é suspeito de ter defraudado o estado espanhol em 14,7 milhões de euros, por não ter pago impostos devidos pelos direitos de imagem..[twitter:891948651039399936].Fonte do tribunal disse à agência Lusa que o português prescindiu de ter um intérprete a seu lado, tendo respondido em espanhol às perguntas que os representantes do Ministério Público lhe fizeram..Através dos agentes, Ronaldo já negou todas as acusações. Se considerado culpado, o jogador pode ter de pagar uma avultada coima e ser sujeito a uma sentença judicial..Ronaldo foi ouvido como investigado (suspeito), ainda em fase de instrução do processo, à porta fechada..Segundo fonte do tribunal, a juíza terá agora de decidir qual será o próximo passo: continuar a fase de instrução com a recolha de mais elementos; passar à fase de julgamento; ou fechar o caso por falta de provas..Cristiano Ronaldo é acusado de ter, de forma "consciente", criado empresas na Irlanda e nas Ilhas Virgens britânicas, para defraudar o fisco espanhol em 14.768.897 euros, cometendo quatro delitos contra os cofres do Estado espanhol, entre 2011 e 2014..Com Lusa