Fracassa tentativa de desencalhar navio no Canal do Suez

"Dois rebocadores adicionais de 220 a 240 toneladas" vão chegar ao local em 28 de março para ajudar a resgatar o navio
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Uma tentativa de retirar o navio porta-contentores de 400 metros de comprimento encalhado há três dias no Canal do Suez fracassou esta sexta-feira, disse a empresa que faz a gestão técnica do navio, Bernhard Schulte Shipmanagement.

Uma operação para "desencalhar o navio" foi realizada esta sexta-feira, mas "não teve sucesso", anunciou a empresa em comunicado, acrescentando que "dois rebocadores adicionais de 220 a 240 toneladas" vão chegar ao local em 28 de março para ajudar a resgatar o navio.

O navio, do tamanho de um arranha-céus, parou o Canal do Suez, no Egito, quando, na noite de terça para quarta-feira, se atravessou devido a ventos fortes, sendo que, segundo as autoridades, já obrigou à paragem de mais de 230 outros navios.

Os esforços para libertar o navio, usando dragas, escavações e até a maré alta, ainda não conseguiram empurrar o porta-contentores para o lado, o que custa cerca de 9.600 milhões de dólares diários (8.100 milhões de euros), segundo indicou o jornal de transporte marítimo Lloyd's List.

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A empresa japonesa Shoei Kisen Kaisha, proprietária do porta-contentores, admitiu que vai ser "extremamente difícil" desencalhá-lo e apresentou um pedido de desculpas por escrito pelo incidente.

"Estamos determinados a continuar o trabalhar arduamente para resolver a situação o mais rapidamente possível", referiu a Shoei Kisen Kaisha.

O navio está encalhado diagonalmente no canal, devido ao mau tempo que se fazia sentir naquela zona no início da semana. Com a passagem bloqueada por este gigante, há já centenas de navios em fila de espera, causando um engarrafamento na via que liga o mar Vermelho e o mar Mediterrâneo.

"Muito provavelmente teremos impactos desta restrição, mas perspetiva-se que sejam transitórios com os atuais níveis de inventários e stocks a poderem mitigar o impacto de atrasos nas encomendas, reforçadas por algum transporte aéreo que pode beneficiar desta restrição", aponta o Banco Carregosa. A mesma entidade nota que, neste momento, "existe esforço, estímulo e motivação para remover o bloqueio existente atendendo que a imobilização de navios com respetivas mercadorias ou a utilização das rotas alternativas se traduziriam em acrescidos custos e encargos que não se pretende".

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