Foucault e a actualidade da obra 'Vigiar e Punir'

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A publicação, em 1975, do livro Vigiar e Punir teve efeitos que ultrapassaram as fronteiras académicas, contagiando o modo de pensar e fazer política. Trinta anos depois, muitas das questões levantadas por Michel Foucault permanecem decisivas para perceber as relações de poder nas sociedades contemporâneas. Precisamente para assinalar a data e a actualidade da obra, realiza-se a partir de hoje, e até dia 25 (sexta-feira), no Instituto Franco-Português, em Lisboa, um colóquio internacional centrado no pensamento de Michel Foucault.

"Michel Foucault - Lei, Segurança e Disciplina. Trinta Anos depois de Vigiar e Punir"é uma iniciativa conjunta do Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa, do Centro de História e Filosofia da Ciência e da Tecnologia, do Centro de Comunicação e Linguagens e do Instituto Franco- -Português que pretende reflectir acerca das teorias veiculadas pelo filósofo francês à luz das grandes questões da actualidade terrorismo, manipulação genética, métodos de vigilância, novas epidemias ou o controlo de fronteiras.

Do painel, destacam-se as intervenções sobre a influência da obra de Foucault na arquitectura das prisões, na psiquiatria, no direito, nas designadas "políticas do olhar", mas também nas formas de representar o corpo ou nos novos dispositivos técnicos.

O colóquio integra uma programação mais ampla dedicada ao filósofo que arrancou no passado dia 7. Inclui um ciclo de cinema e uma exposição e termina a 15 de Dezembro com um concerto/performance por um colectivo liderado por Adolfo Luxúria Canibal.

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