Forças de segurança matam quatro pessoas em jazida de jade na Birmânia

Quatro pessoas foram mortas à tiro, no norte da Birmânia, pelas forças de segurança, que tentavam impedir a entrada de dezenas de trabalhadores irregulares numa jazida de jade, noticiou hoje a imprensa local.
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Uma dezena de pessoas ficou ferida no incidente, que aconteceu numa mina de Nan Si Bon, na região de Sagaing, depois de as autoridades decretarem restrições de acesso à zona, de acordo com o portal Irrawaddy.

A jazida atrai cerca de 500 trabalhadores itinerantes que se dedicam a vasculhar entre os escombros, em busca de restos de jadeíte.

A polícia abriu fogo depois de ter impedido o avanço das pessoas, que responderam incendiando vários barris de combustível e prendendo um guarda, indicou uma testemunha, citada pelo portal.

A Birmânia tem as maiores jazidas de jadeíte, um tipo de jade muito apreciado na China e em todo o mundo.

Dezenas de milhares de pessoas de todo o país trabalham de forma irregular nestas montanhas de escombros em busca de alguma peça de jade que possa ter passado despercebida aos mineiros.

Em outubro, a organização não-governamental internacional Global Witness denunciou que senhores da guerra, narcotraficantes e generais da antiga junta militar participam no negócio do jade, que em 2014 gerou cerca de 31 mil milhões de dólares (cerca de 27.800 milhões de euros).

Criada em 1993, a Global Witness estuda as ligações entre a exploração de recursos naturais e conflitos, pobreza, corrupção e abusos de direitos humanos a nível mundial. A organização tem sede em Londres e Washington.

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