Força Aérea apoia combate aos fogos a partir de amanhã

Os helicópteros <i>Alouette III</i> da Força Aérea estão disponíveis, a partir de amanhã, para colaborar com a Protecção Civil no combate aos fogos florestais, soube o DN este sábado.
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A disponibilidade da Força Aérea surgiu a pedido da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e na sequência da decisão governamental de manter activo, até ao final deste mês, o dispositivo de combate aos incêndios (por causa das elevadas temperaturas nesta época do ano e dos fogos que têm ocorrido), confirmaram ao DN fontes do Ministério da Defesa.

Dada a demora em instalar os meios de combate aos fogos (leia-se baldes de recolha de líquidos) nos Alouette III, a colaboração da Força Aérea vai centrar-se apenas nas acções de "reconhecimento, avaliação e coordenação" que forem pedidas pela ANPC, precisaram as fontes.

O combate propriamente dito só poderá fazer-se no próximo ano, face à referida demora na instalação dos equipamentos para esse efeito.

Recorde-se que essa adaptação vai estender-se a outras aeronaves, como os aviões de transporte Hércules C-130, na sequência do recente estudo encomendado pelo ministro José Pedro Aguiar-Branco ao ramo e onde este assumiu ter condições de participar activamente nas acções de combate aos fogos florestais em 2012.

O ramo poderá ceder ainda as suas bases aéreas para apoio a aeronaves afectas em permanência ao combates aos fogos ou mesmo para o seu reabastecimento - o que contrasta com a recusa do Exército, há alguns anos, de permitir que a Protecção Civil usasse a base aérea de Tancos (com o argumento de estar afecta à NATO, apesar de não ter ali quaisquer helicópteros), forçando o Ministério da Administração Interna a investir milhões numa base aérea de raiz a poucas quilómetros de distância (Ponte de Sòr).

Respondendo ao pedido da Protecção Civil, a Força Aérea disponibilizou-se ainda a integrar as acções de vigilância e prevenção de fogos nas suas missões aéreas de rotina, bem como nos arredores das suas unidades militares, acrescentaram as fontes.

Esta iniciativa surge no contexto do melhor aproveitamento dos recursos disponíveis nas estruturas do Estado e cuja rentabilização permitirá uma poupança significativa de recursos financeiros, desde logo por evitar a atribuição dessas operações a entidades privadas.

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