O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a fazer soar as campainhas de alarme nos mercados financeiros, ao avisar que não avista o fundo da crise imobiliária. O que, na prática, significa que os bancos hipotecários vão continuar a sentir problemas nos créditos concedidos. As bolsas dos EUA, que estavam a perder em torno de 1%, aceleraram as perdas para os 1,5% depois do alerta do FMI.."A preocupação crescente é que com falências e perdas no mercado imobiliário norte-americano a aumentarem substancialmente, e com os preços das casas a caírem, a deterioração dos créditos se torne mais abrangente", explicou a entidade no Relatório de Estabilidade Financeira Global, publicado ontem..O FMI manteve-se fiel à previsão de um trilião de dólares (635 mil milhões de euros) de perdas, a nível mundial, provocadas pela crise do crédito hipotecário de alto risco nos EUA ( subprime ), o que obrigará a novos aumentos de capital pelos bancos. No ano passado, as perdas reconhecidas de 469 biliões de dólares (297 mil milhões de euros) já obrigaram a reforços de capital de 345 biliões de dólares (219 mil milhões de euros)..Os peritos do Fundo sublinharam que a fragilidade do sistema financeiro teria aumentado de forma grave se as duas maiores empresas de hipotecas nos EUA - Fannie Mae e Freddi Mac - tivessem falido. Esta semana, o Presidente dos EUA, George W. Bush, deverá assinar o pacote de ajudas a estas duas entidades..Nas bolsas europeias, os bancos voltaram a liderar as quedas numa altura em que os investidores estão a posicionar-se de acordo com os sinais dados em plena época de resultados semestrais. Em Lisboa, o PSI-20 caiu 1,3%, numa sessão em que o volume de negócios caiu para os 124 milhões de euros. Um sinal de que muitos investidores já se encontram de férias de Verão..0,6%0,8%.O BES contrariou a tendência negativa no sector, beneficiando das previsões para as contas semestrais que mostram uma deterioração menor que a dos seus rivais.Continuam as oscilações vincadas nos títulos do sector da construção. Ontem, foi a vez da Teixeira Duarte liderar as perdas na Bolsa de Lisboa.