O Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta para os principais riscos que enfrenta a banca portuguesa, apontando para a baixa rentabilidade e o baixo nível de capital, mas também para a forte exposição ao Estado.."Os bancos portugueses enfrentam uma série semelhante [à dos bancos italianos] de desafios relacionados com o capital e os ganhos fracos, com ainda maior exposição ao soberano", lê-se no Relatório de Estabilidade Financeira Global do FMI, hoje libertado..Os especialistas do FMI destacam que, no primeiro trimestre do ano, os bancos portugueses tinham o rácio de capital 'common equity tier 1' mais baixo da União Europeia, conjuntamente com os bancos italianos, na ordem dos 11,4%.."A exposição ao crédito malparado estava entre as mais altas na União Europeia (15,7%)", assinala o relatório, acrescentando que os rácios 'return on assets' e 'return on equity' eram no final de março os mais baixos da União Europeia, fixados nos -0,2% e -2,5%, respetivamente.."As responsabilidades contingentes decorrentes dos apoios de Estado de que beneficiou o setor bancário podem ter um impacto significativo na posição orçamental do país, aumentando o risco de um efeito adverso da ligação entre bancos e o soberano", remata o FMI.