Finalistas lutam com herança belga e russa
Yanina Wickmayer e Ekaterina Makarova, as finalistas do torneio feminino do Estoril Open, têm em comum jogarem na sombra de grandes nomes dos seus países. A primeira é número um da Bélgica, mas enquanto recentemente Justine Henin e Kim Clijsters passaram pelo topo do ranking mundial, Wickmayer ainda nem um título de WTA tem. Quanto a Makarova, quando a Rússia tem Sharapova, Dementieva, Safina, Kuznetsova, é difícil destacar-se.
No Jamor procuram a sua primeira conquista de WTA em singulares. A russa conta com um título em pares. Não esperavam estar na final, pelo menos no início da semana, de tal forma que Makarova estava inscrita para competir em Madrid, mas teve de retirar-se da competição espanhola. "Ia jogar o qualifying, mas como venci hoje [ontem] já não posso ir e só vou participar na prova de pares", explicou a russa, que pode suceder à compatriota Maria Kirilenko na lista de vencedoras do Estoril Open. Wickmayer referiu que quando começou o torneio o seu pensamento não era ir tão longe, contudo acabou por admitir: "De jogo para jogo senti que estava a melhorar e comecei a pensar na final."
Com o abandono de Henin e Clijsters do circuito - a última vai agora regressar - Wickmayer é agora a número um da Bélgica, mas apenas 88.º do ranking mundial. "É difícil para os belgas não terem ninguém nas finais dos Grand Slams, mas têm de lidar com isso", salientou, tentanto afastar qualquer pressão que possa surgir devido à herança deixada pelas sucessoras.
Makarova (43.ª do ranking) brinca com o seu estatuto de desconhecida: "Na Rússia não sou popular. Se calhar tenho algum fã, não sei. Era bom ir na rua e ouvir 'olha a Makarova.'"