Figurinos com o arrojo das figuras de origâmi

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O ensaiador da Marcha da Graça, Paulo Julião, não tem mãos a medir. Faz tudo. Ensaia os marchantes, é o autor das canções, da coreografia e do figurino. O padrinho foi convidado após ter confessado numa entrevista que esse era o seu sonho.

As novidades são relatadas ao DN pelo responsável da marcha, Luís Filipe de Andrade. "Escolhemos retratar na marcha a transição da monarquia para a República", revelou, adiantando que "um primeiro momento representa a monarquia, seguindo-se outro já com a República. Depois há os vivas à República".

Quanto aos padrinhos, conta que "a Carla Andrino já é madrinha há mais de 12 anos. O João Manzarra deu uma entrevista a uma revista e disse que gostava de ser padrinho da Marcha da Graça, que é o bairro dele".

"Mora aqui e nunca o tinha visto por cá", confessa. "Telefonámos para a produtora dele, que depois o contactou. Ele aceitou logo e ficou todo contente", frisou.

"O ensaiador já faz figurinos para a nossa marcha há cinco anos", salientou, adiantando que os músicos do cavalinho "são os mesmos já há 12 anos seguidos".

Referindo-se às cores, explica que "o azul e o branco representam a monarquia. O verde e o vermelho representam a República".

Paulo Julião, que ensaia pela segunda vez a Graça, diz fazer figurinos para marchas há 16 anos. "Já ganhei três prémios de figurino com três bairros diferentes." Considera o figurino da Graça "novo e arrojado. As mulheres representam a República, com vestidos virados para o futuro e com formas geométricas" a fazer lembrar as criações de papel em origâmi. "Os homens vão trajados a rigor, à época de 1900, representando a monarquia", acrescenta.

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