"A fé pode ajudar-nos a ter um pouco de espírito de sacrifício", afirmou à Lusa João Ferreira, à saída da Sé de Lisboa, onde ouviu José Policarpo falar sobre o "momento muito duro", numa alusão à crise económica e financeira. Rita Andrade, outra crente, lembrou que os cristãos têm sempre esperança: "A vida é um caminho, que nem sempre é fácil, mas temos uma força que nos guia sempre". Também Tomás Fernandez sublinhou a importância da vivência da fé "em todas as circunstâncias", mas avisou que a religião "não é como uma aspirina". "É muito mais do que isso, mas nestas alturas de crise é uma vantagem ter fé. As pessoas preocupam-se muito com o ter e com o fazer e as coisas mais fundamentais ficam um pouco esquecidas e o patriarca lembrou-nos disso", afirmou o católico Tomás Fernandez à saída da Sé de Lisboa..Um outro crente, João Ribeiro, recordou ainda o papel o papel da Igreja na ajuda aos mais carenciados, vincando que "os ensinamentos de Cristo" passam pela solidariedade na ajuda ao próximo. Também Maria do Carmo, que é presença assídua na homilia pascal, disse acreditar "plenamente que a fé pode ajudar a ultrapassar a crise", mas consciente de que Deus precisa da ajuda dos homens: "Acredito plenamente que a fé pode ajudar a ultrapassar a crise, se os nossos governantes também derem uma ajudinha. Deus precisa que o ajudemos a nos ajudar". Na sua homilia pascal, o cardeal-patriarca de Lisboa lembrou que a Páscoa é, este ano, celebrada "num momento muito duro para muitos portugueses"..Contudo, o responsável pelo patriarcado de Lisboa fez um apelo para que haja esperança e força para que as dificuldades possam ser ultrapassadas. "Se acreditarmos que Cristo está vivo, teremos forças para tudo superar, as dificuldades não nos impedem de desejar, e o Espírito Santo dar-nos-á força para lutar e a coragem para esperar", disse.