Festa do Flamengo acaba em confusão. Gás lacrimogéneo e armas apontadas
A festa terminou em confusão. Numa altura em que o desfile do trio elétrico do Flamengo já tinha terminado, e a equipa partido do local, um tumulto generalizado tomou conta da da Avenida Presidente Vargas.
Segundo o jornal Globo, "um grupo de populares, muitos com os rostos cobertos, começaram a arremessar pedras e outros objetos em direção a Polícia Militar", com a polícia a responder com bombas de gás lacrimogéneo. Há registo de imagens com agentes policiais a apontar a arma a civis. Os incidentes ocorreram na altura do prédio Balanço Mais não Cai. Houve correria entre o público.
"Estava tudo tranquilo e cheio de crianças e aí a PM começou a jogar bombas de gás e efeito moral. Estão acabando com uma festa linda", lamentou o adepto Felipe Santos ao jornal brasileiro. Outro adeptos lamentou a carga policial: "A gente está achando desproporcional a atitude da polícia. Não sabemos exatamente o que aconteceu, mas até então estava uma festa com um ambiente super familiar."
Segundo um funcionário público, que preferiu não se identificar, a confusão teve início quando os adeptos começaram a aproximar-se do cordão de segurança feito pela polícia para proteger o trio elétrico onde seguia a equipa do Fla. Na tentativa de afastar a multidão, a segurança passou a usar gás pimenta. Os adeptos responderam com o arremesso de garrafas e pedras, ao que a polícia respondeu com bombas de gás lacrimogéneo.
"Já estava na hora do desfile acabar. O problema é que, quando o carro de som virou na Rua de Santana, uma pequena parte da torcida tentou acompanhar, para continuar perto dos jogadores. Jogaram pedras portuguesas e latas de cerveja contra os policiais, que reagiram com bombas de efeito moral", justificou o secretário municipal de Ordem Pública, Gutemberg Fonseca.
Certo é que confusão levou 23 pessoas ao hospital. Segundo informações da Secretaria Municial de Saúde, os feridos eram vítimas de agressão, quedas, feridos por bala de borracha e spray de pimenta usado pela Polícia Militar.