Na inauguração da exposição "Futuros Presidentes de Moçambique", patente no parlamento até à próxima segunda-feira, Ferro Rodrigues frisou que, "nestas décadas mais recentes de intensa globalização, muita gente saiu da pobreza e mais países entraram no caminho do desenvolvimento"..Porém, o presidente da Assembleia da República salientou a existência de contrastes e bolsas de pobreza, "além guerras, que escolhem sempre como vítimas os mais desesperados e pobres".."Em vez de estigmatizarem a imigração, os países desenvolvidos têm é de contribuir para o combate aos fatores económicos e sociais que estão tantas vezes por detrás das vagas migratórias, apoiando a segurança e a paz, incentivando a construção de instituições fortes, fomentando a autonomia da sociedade civil nos países mais vulneráveis", disse..Eduardo Ferro Rodrigues enalteceu o trabalho da HELPO - Organização não Governamental para o Desenvolvimento, com atividade em Portugal, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau, em áreas ligadas à infância, educação, saúde materno-infantil e nutrição..A HELPO "desenvolve um trabalho notável em Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau, em prol das crianças desses países, apoiando-as na educação e na nutrição, dando-lhes assim as ferramentas para poderem crescer e concretizar os seus sonhos - incluindo, porque não? - o sonho de serem Presidentes".."Levar a todos a igualdade de oportunidades - é disso que se trata", frisou na breve intervenção que proferiu na inauguração da mostra, com a presença de Manuela Ramalho Eanes, dos ex-Presidentes Cavaco Silva, acompanhado da mulher, e Jorge Sampaio, elementos da embaixada de Moçambique, deputados e da coordenadora da HELPO, Joana Clemente..A exposição "Futuros Presidentes de Moçambique", com textos de Ricardo Henriques e fotografias de Luís Mileu, pretende mostrar a importância do acesso à educação..A mostra é constituída de 20 fotografias, algumas a preto e branco, todas complementadas com histórias, resultante de "um trabalho extraordinário de contacto e recolha de histórias, durante 11 dias, com visitas a escolas", nas regiões circundantes de Cabo Delgado e Nampula, em Moçambique, como referiu Ricardo Henriques.. Luís Mileu ressalvou que em todas fotos as crianças e jovens "houve apenas a preocupação de iluminar quem posava, porque os cenários eram naturais".."Com todos eles, nada foi encenado e eles conseguiram mostrar uma pose mais institucional, o que significa que perceberam a ideia da exposição", disse.