Fãs de Bruce Springsteen aguardam regresso, no domingo
Em declarações à agência Lusa, este admirador de Bruce Springsteen explicou que, no domingo, estará logo de manhã cedo junto ao Parque da Bela Vista para garantir que ficará mesmo na frente do palco para ver o 41.º concerto de Bruce Springsteen.
O músico norte-americano já não atua em Portugal há quase vinte anos e apresenta-se naquele festival, no âmbito da digressão do álbum "Wrecking Ball".
Carlos do Carmo, 41 anos, natural de Setúbal e atualmente a viver nos Açores, recordou que o primeiro concerto que viu de Bruce Springsteen foi em 1985, em Montpellier, França. Tinha 15 anos.
Para ele, Bruce Springsteen "escreve muito bem e com exatidão sobre a realidade norte-americana", uma realidade que se adequa também ao que se passa no resto do mundo.
Carlos do Carmo diz que já dormiu 15 vezes à porta de recintos e estádios, nem sempre nas melhores condições - "já acordei com ratazanas ao pé de mim" - e que, somando as viagens, os bilhetes e as estadias, já gastou perto de 60 mil euros.
Os fãs portugueses de Bruce Springsteen partilham experiências em comunidade, em particular na Internet - no Facebook intitulam-se, com humor, o "grupo de fãs brucelosos".
Dessa comunidade no Facebook, que reúne cerca de 600 membros, fazem parte Carlos do Carmo e Nuno Ferreira, que ficou conhecido pelo projeto "Portugal a Pé".
Nuno Ferreira soma mais de vinte concertos de Bruce Springsteen e é um dos admiradores que já tem uma ideia do que é que "The Boss" apresentará em Lisboa, porque já viu alguns concertos da atual digressão.
" Lusa, Nuno Ferreira explicou que o músico tocou temas do novo disco, mas também canções antigas, não necessariamente apenas êxitos.
O alinhamento irá depender da reação e da empatia com o público: "Ele reage e muda a 'setlist' na hora. Tem quatro ou cinco temas base e depois vai mudando o resto".
Bruce Springsteen só consegue fazer isto, porque tem um grupo de músicos, a E Street Band, que conhece - e que o conhece - muito bem. Falta-lhe o saxofonista e amigo Clarence Clemons, que morreu em junho de 2011, mas conta com a presença do sobrinho deste, Jack Clemons.
"Ele colocou o palco mais baixo, para estar mais ao nível das pessoas, ele deixa que lhe toquem, nota-se que está diferente, tem uma mensagem solidária, um lado mais espiritual e gospel, não sei se tem a ver com a idade", disse Nuno Ferreira.
Este admirador já viu este mês os concertos de Bruce Springsteen, em Sevilha e Barcelona, e verá ainda o de San Sebastian no sábado, todos em Espanha, antes da chegada do músico a Lisboa, e diz-se impressionado com o acolhimento naquele país.
"É a loucura total, compram os discos, há livros e o próprio Bruce tem um fetiche com Barcelona", disse.
Em Lisboa, Bruce Springsteen será o último a entrar em cena no Palco Mundo, no fecho do festival Rock in Rio, depois das atuações dos Kaiser Chiefs, James e Xutos & Pontapés.