Famílias vão ter de guardar óleo alimentar usado para reciclar

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Reciclagem. Governo irá lançar sistema de recolha doméstica destes resíduos

A ideia é criar sistema de recolha de óleo usado para depois reciclar

O cidadão vai ter de começar a guardar o óleo de fritar usado em casa para depois o entregar na reciclagem. O Governo está a estudar a melhor forma de recolher selectivamente estes resíduos alimentares, à semelhança do que acontece com outros lixos domésticos, para acabar com o problema da contaminação das águas por aqueles óleos serem despejados directamente na rede de esgotos.

Os óleos alimentares usados serão depois regenerados (podendo voltar a ser utilizados com uma função semelhante), valorizados energeticamente (ou seja, usados como combustível nas indústrias) ou usados na produção de biodiesel, combustível alternativo e menos poluente.

Actualmente, estes produtos já são recolhidos por autarquias e empresas, de forma voluntária, junto de grandes produtores como restaurantes, cafetarias e hotelaria. E já há várias empresas a aplicá-los na produção de biodiesel. Com a escalada do preço dos combustíveis, muitas pessoas começaram também a produzir biodiesel para consumo próprio nos seus carros através do óleo alimentar consumido em casa.

A ideia da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) é alargar o sistema a todos os cidadãos. "A forma mais cómoda seria o oleão", reconhece António Gonçalves Henriques, director da APA.

Se, à semelhança dos ecopontos, fossem instalados oleões na via pública, o consumidor teria apenas de armazenar o óleo numa garrafa e depositá-la no contentor.

Esta solução levanta alguns problemas, reconhece a APA, pois, como é colocado directamente no contentor, o óleo vem mais contaminado do que se for colocado no mesmo mas armazenado numa garrafa.

Outra opção que está a ser equacionada é a entrega da garrafa com o resíduo usado no local onde se compra o novo produto. Para a Quercus, esta é a solução mais prática. "O melhor é sempre deixar o velho onde se compra o novo", defende Rui Berkemeier, embora considere que os pontos de recolha não se devem circunscrever aos hipermercados mas alargar a todo o comércio.

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