João Pinheiro, o chefe da família portuguesa, disse hoje à agência Lusa: "Peço clemência ao governo russo, peço como nunca pedi a ninguém, que as autoridades russas tenham em consideração o facto da Alexandra ter nascido em Portugal, ter sido criada por uma família portuguesa que a ama e que nos deixem voltar a viver com a menina"..As autoridades de Pretchistoe, a vila onde Alexandra vive com a mãe, Natália Zarubina, ponderam retirar a menina da casa onde vive e retirar à progenitora os direitos maternais..Em declarações à Lusa, Iúri Kudriavtsev, vice-presidente da Câmara de Pretchistoe e chefe da comissão municipal de menores, referiu que "várias vezes" pediram sem sucesso a Natália para mudar de vida e fazer um tratamento de desintoxicação alcoólica.."Estou muito triste pela menina que não sabe o que é ter estabilidade desde que saiu de Portugal mas ela não pode continuar a viver naquela casa", defendeu João Pinheiro.."Sempre que telefonamos para a Rússia, a Alexandra pede-me para a ir buscar e diz que quer voltar para casa, em Portugal", referiu o homem que, juntamente com a mulher, cuidou de Alexandra. ."Telefonamos quase todos os dias e é raro conseguir ter uma conversa com a Natália porque ela está sempre bêbada", disse João Pinheiro..Emocionado, o empresário de Braga, salientou o "comportamento correcto das entidades russas".."Até agora, as únicas entidades que zelaram pela Alexandra foram as russas e não os tribunais nem os juízes portugueses", opinou.."Se a menina for retirada à família, por favor, não a coloquem numa instituição. Deixem-nos tomar conta dela, que nós vamos busca-la à Rússia", apelou João Pinheiro.