Família de Foley quis pagar resgate mas EUA não deixaram

A família do jornalista americano James Foley, que foi decapitado pelo Estado Islâmico (EI) na Síria, foi impedida pelo governo dos EUA de pagar o resgate para evitar a sua morte, e ameaçada de ser acusada de "terrorismo" caso o fizesse. A denúncia foi feita à ABC pela mãe de Foley.
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Diane Foley revelou que um oficial do exército, membro do Conselho de Segurança Nacional da Administração Obama, "intimidou-nos três vezes com a mesma mensagem. Ficámos horrorizados com o que ele dizia. Ele disse que seríamos levados a tribunal. Sabíamos que tínhamos que salvar o nosso filho, tínhamos de tentar".

Em declarações à CNN, a mãe de Foley revelou que lhe tinham dito para "confiarem que ele [Foley] seria libertado de alguma forma, milagrosamente. Foi, não foi?"

O porta-voz de Barack Obama recusou discutir as conversas que a família manteve com responsáveis governamentais, mas disse que elas envolveram pessoas dos mais diversos ramos da administração.

O Conselho Nacional de Segurança foi referido como tendo dito que a família Foley foi informada das leis americanas que proíbem o financiamento do terrorismo mas negou que a família tivesse sido ameaçada de enfrentar a justiça se pagasse o resgate.

Um vídeo revelando a decapitação de Foley foi tornado público no mês passado pelo EI.

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