Faltam 14 dias: Inocentes no caso das bombas
Numa semana cheia de notícias, esta quarta-feira teve vários pequenos fait divers, como a partida do novo governador de Cabo Verde, António Macedo Ramalho Ortigão, então com 34 anos e que viveria até aos 87, chegando a contra-almirante. Nos Alpes, seguiam as tentativas de descer a vertente sul da cadeia de montanhas em aeroplano. O aviador Thadeoli tentara a sua sorte, mas ventos adversos fizeram gorar o voo.
E prosseguia a investigação judicial sobre o caso das bombas de João Borges, com interrogatórios que o DN narrava fielmente. As autoridades tinham detido um espanhol, de nome Parente, que depois libertaram: "O homem declarou efectivamente ser amigo de João Borges, ter ideias muito avançadas, mas incapaz de praticar qualquer atentado, não tendo, portanto, qualquer cumplicidade no fabrico dos explosivos apreendidos na travessa da Palha."
Havia ainda outros inocentes, segundo se lia no parágrafo seguinte: "Pede-nos o sr. João Casqueiro, empregado nas oficinas de impressão do nosso colega Correio da Noite, que declaremos não ter ele o menor parentesco com António Casqueiro, preso por implicado no caso das bombas."