Fábrica de calçado fechou em Felgueiras mas setor já absorveu desempregados
"Até maio já estarão a trabalhar", afirmou Carlos José, do Sindicato dos Trabalhadores dos Têxteis, Vestuário, Calçado e Curtumes do Distrito do Porto.
À Lusa, o dirigente explicou que os trabalhadores, alguns com mais de 30 anos de casa, foram mandados de férias e deviam ter retomado o trabalho na última segunda-feira, mas a empresa não conseguiu, naquele período, financiamento para resolver uma situação de tesouraria.
Carlos José disse que os funcionários já tinham conhecimento da situação "difícil" da empresa e acabaram por receber as cartas para o fundo de desemprego na sexta-feira, 06 de abril.
Em fevereiro, observou, a Sozé pagou apenas 180 euros a cada trabalhador, mas em março já não efetuou o pagamento de remunerações.
O encerramento foi só "meia surpresa, dado que há uns tempos para cá a empresa atrasava os pagamentos de salários", acentuou.
Segundo dados do sindicato, a empresa faturava cerca de 10 milhões de euros por ano e exportava cerca de 95% da sua produção, para cerca de 20 países.
A Sozé tinha ainda uma unidade produtiva em Ponte de Lima, com 33 pessoas, que ficaram desempregadas, revelou à Lusa fonte da União de Sindicatos de Viana do Castelo.