Externato Penafirme corta salários

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No Externato de Penafirme, uma das primeiras escolas católicas a manifestarem-se contra as medidas do Governo, os professores já vão ter reduções no salário este mês. Isto porque a verba do ministério foi reduzida em 135 mil euros - cortes na ordem dos 24% - e "é preciso salvaguardar a actividade lectiva dos alunos", explicou ao DN Alfredo Cerca, director do estabelecimento de ensino.

O colégio, que tem cerca de 1800 alunos do 5.º ao 12.º anos, vai também cortar nas actividades extracurriculares e nas actividades não lectivas dos alunos. Além de ter reduzido o subsídio de alimentação e o seguro de saúde.

"Vamos receber 434 mil euros por mês e temos despesas com vencimentos e encargos sociais na ordem dos 450 mil. Por isso, estamos a cortar nas horas dos professores com mais de 22 horas semanais", acrescentou Alfredo Cerca, sublinhando que há um enorme descontentamento entre os docentes. O director não garante que a escola funcione até final do ano.

O colégio tem contrato de associação com o Ministério da Educação há 36 anos. E é aqui que estudam os seminaristas mais novos da região. "É inadmissível que o Governo mude as regras agora", afirmou. O externato vai deixar de receber 110 mil euros/turma por ano e receber 90 mil euros.

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