Exposição interativa sobre o corpo humano em Leiria
"O corpo humano | Corpo em movimento - Biónico - Imagem Médica" chega ao público através de imagens simples e com uma linguagem simplificada, permitindo a todos um conhecimento sobre as potencialidades do corpo humano.
"Entendemos fazer esta exposição numa área onde o centro faz muita investigação: a engenharia médica. Nada melhor que exibir o corpo como um elemento vivo, não só para conjugar aquele que é o nosso trabalho de investigação, mas também aquilo que é feito no IP Leiria, que tem uma escola de arte e design. Esta exposição também aborda o corpo em movimento, como elemento de representação", explicou o diretor do centro, Paulo Bártolo, à agência Lusa.
Segundo o investigador, a exposição serve para que o público se aperceba do que está a ser feito no centro de investigação, "de uma forma muito simples, com uma linguagem adaptada a um público não académico".
"A exposição tem três áreas fundamentais: o corpo em movimento, o corpo biónico, porque a área da engenharia biomédica é uma área muito importante do centro, que trabalha muito na componente de engenharia de tecidos, tentando regenerar e reparar órgãos, e a imagem médica. Quisemos abordar a imagem médica não numa perspetiva científica, mas como ferramenta cultural e a sua evolução ao longo do tempo", adiantou Paulo Bártolo.
A exposição inicia-se com o relógio da terra e da vida, mostrando o desenvolvimento do homem até aos dias de hoje. Ao entrar na sala do corpo humano, o visitante tem a possibilidade de descobrir a célula e o ADN, elementos que constituem o início da formação da vida humana.
Através da aplicação de códigos QR, os detentores de um smartphone podem interagir com alguns dos painéis em exibição. Por exemplo, é possível "entrar" dentro da cadeia do ADN e descobrir todos os seus elementos, bem como assistir a um vídeo sobre as várias etapas da gestação e do crescimento do feto no útero.
A interação com o público vai mais longe, ao desafiar os visitantes a utilizarem os seus sentidos para descobrir cheiros, objetos ou sons.
Paulo Bártolo espera que, no final da visita, o público entenda "o corpo como um elemento vivo e fascinante". Ao longo dos seis meses, a exposição vai crescer, "à semelhança do que acontece com o nosso corpo. Por isso, "é expectável que surjam novos módulos e que sejam acrescentados novos elementos, dando precisamente a ideia de que o corpo é uma coisa dinâmica".
Produzida pelos investigadores do centro, a exposição foi "parcialmente financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e pelo programa Ciência Viva", pelo que agora vários agrupamentos escolares vão ser contactados para utilizarem a exposição como uma "aula" dirigida aos alunos.
Esta exposição foi pensada e concebida por Telma Ferreira, investigadora na área do design, que teve o apoio de um grupo de investigadores que realizaram os diferentes módulos.
Garantir uma exposição interativa teve como objetivo transmitir às pessoas "as suas capacidades como seres humanos", assim como "desafiá-las a quererem saber mais e descobrirem algumas curiosidades do corpo humano". Na questão dos sentidos, a investigador pretendeu demonstrar "quão poderosos são os nossos sentidos".