Explosão de caldeira numa fábrica de papel faz um morto

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A explosão de uma caldeira industrial na Fábrica de Papel e Cartão da Zarrinha, em Rio Meão, Santa Maria da Feira, causou um morto e elevados estragos materiais. Cerca de 80% das instalações da fábrica de reciclagem, produção e transformação de papel foram afectadas, pondo em risco grande parte dos quase duzentos postos de trabalho. O caso foi entregue à Polícia Judiciária do Porto, que irá apurar as causas do acidente.

De acordo com alguns moradores da zona, a caldeira era relativamente recente e, além de um ou outro incêndio de menor dimensão, nunca se tinham verificado quaisquer problemas. Ontem, porém, foi a tragédia e os estragos não se confinaram à empresa. Num raio de cem a duzentos metros, eram visíveis os estragos em diversas habitações. O impacte foi de tal forma violento que várias estruturas de metal, de peso considerável, foram projectadas a vários metros, indo algumas delas "aterrar" nos telhados das casas circundantes.

Para os moradores, o dia dificilmente podia ter começado de forma mais atribulada. A dormir a pouco mais de dez metros da Zarrinha, José Ferreira da Silva foi acordado pelo estrondo da explosão. "Pensei que fosse um terramoto e até gritei para que a minha mulher se metesse depressa debaixo da cama, porque é isso que se deve fazer", conta ao DN.

Mas a dimensão humana da tragédia podia ter sido maior. É que a empresa funciona por turnos e um deles tem início às 06.00. Porém, esta semana os operários estariam a entrar mais tarde, pelo que, na altura da tragédia, poucas pessoas estariam nas instalações.

O DN procurou contactar os responsáveis da empresa, mas sem sucesso. De acordo com funcionários dos escritórios da FPC da Zarrinha, localizados no Porto, os administradores estiveram reunidos durante todo o dia em Rio Meão, na fábrica, e não prestaram quaisquer declarações.

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