Exército vai ter novo look. É o fim das fardas verdes e boinas castanhas
Os militares das várias armas do Exército vão passar a ter uma farda de serviço cinzenta e boina preta com as cores da bandeira nacional nas fitas, substituindo o tradicional fardamento verde usado desde a guerra colonial (1961-1974). Também as botas vão mudar, com a substituição das atuais pretas de cabedal por outras de cor castanha.
As características das novas fardas do Exército constam de um diploma publicado esta quarta-feira em Diário da República, substituindo o Regulamento de Uniformes do ramo (RUE) em vigor desde 2011 - e o início da sua utilização vai coincidir com a distribuição das novas armas ligeiras SCAR de fabrico belga.
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A boina preta deixa de ser exclusiva dos militares da Cavalaria, passando a ser usada por todos os militares do ramo - substituindo-se a fita amarela por uma verde e mantendo-se a vermelha - com exceção dos que pertencem às forças especiais (comandos, paraquedistas e operações especiais de Lamego).
Fontes do ramo admitiram ao DN que o processo de substituição dos atuais fardamentos deverá iniciar-se em novembro e poderá ficar concluído no prazo aproximado de um ano (dependente da demora nos concursos de aquisição), não implicando encargos adicionais por se tratar de substituir tecido de uma cor por outra. Note-se, contudo, que a portaria consagra um período de transição até quatro anos.
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As primeiras fardas de serviço cinzentas vão ser destinadas às praças a incorporar no final deste ano, pois até agora só tinham a referida farda verde, precisou uma das fontes.
Outra alteração significativa diz respeito aos camuflados, também conhecido como uniforme nº.3 ou de campanha. Os dois em serviço - um mais bege para áreas desérticas e outro mais verde para a selva - são substituídos por um único de tecido mais confortável e em tons esverdeados e acastanhados que funciona como "uma espécie de camaleão" por se adaptar a diferentes tipos de ambiente operacional, explicou um oficial.
A distribuição deste novo camuflado, já testado por militares enviados para o Iraque, começará a ser feita pelos efetivos das Forças Nacionais Destacadas, acrescentou uma das fontes.