Exército e rebeldes vão batalhar por aeroportos em Alepo

O exército sírio e os rebeldes mobilizavam-se hoje para uma batalha de grande escala pelo controlo de aeroportos estratégicos em Alepo, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
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Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório, disse à AFP que se registaram nas últimas horas confrontos intermitentes em torno do aeroporto internacional de Alepo, base aérea de Nayrab e um outro complexo militar, com os dois lados a acumularem forças no terreno.

Os confrontos registam-se quatro dias depois de os rebeldes do Exército Livre Sírio terem lançado ataques em bases aéreas na província do norte.

Os opositores que lutam contra o regime do Presidente Bashar al-Assad "estão a tentar tomar o controle de Nayrab e destruir as pistas do aeroporto internacional de Alepo, que o exército está a usar para fins militares", disse Abdel Rahman.

O responsável adiantou que o exército bombardeou na manhã de sexta-feira a área em torno do aeroporto internacional de Alepo e de Nayrab, enquanto os rebeldes visaram Nayrab usando mísseis artesanais.

"O exército está a preparar uma operação de grande escala para retomar o controle da Base 80", complexo militar encarregado da gestão dos aeroportos de Nayrab e Alepo, acrescentou.

Os rebeldes veem a captura de aeroportos como o de Al-Jarrah, também na província de Alepo, na terça-feira, como forma de apreensão de grandes quantidades de munição e de colocar fora de ação os aviões utilizados pelo regime para bombardear áreas controladas pelos rebeldes.

Tanques do regime, por sua vez, bombardearam a cidade de Khan Sheikhun na província de Idleb, matando pelo menos 11 civis, segundo o observatório.

Em Damasco, disse a mesma fonte, o exército bombardeou a zona leste da Jobar, onde os rebeldes criaram enclaves.

Pelo menos 155 pessoas foram mortas em todo o país na quinta-feira.

Enquanto isso, manifestantes anti-regime saíram às ruas em Deraa, no sul, Deir Ezzor, perto da fronteira iraquiana, Homs, no centro, e Alepo, no norte.

Vídeos amadores, distribuídos por ativistas e pelo observatório mostram manifestantes exigindo a queda do regime de Assad, como tem acontecido sempre à sexta-feira, desde o início da revolta, em março de 2011.

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