Exames Nacionais Desenho e Geometria Descritiva (12.º)

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Os 45 alunos da EB 2+3 da Lousã (Coimbra), parte dos 191 estudantes da região Centro que na semana passada ficaram sem provas na disciplina de Português, chegaram ontem à escola pouco depois das 8.30 para finalmente cumprirem o calendário de exames do 9.º ano. Desta vez a prova, adiada devido à greve decretada pelos sindicatos de professores, cumpriu-se "serenamente e com normalidade", segundo fonte do estabelecimento de ensino. De resto, não houve registo de problemas em qualquer uma das escolas onde se repetiram os exames.

Os estudantes da EB 2+3 da Lousã coneçaram a chegar à escola por volta das 8.30, de bicicleta, de moto ou a pé. Apressados e com a tradicional ansiedade antes dos exames "No fim falamos, tá?", diziam, antes de transporem os portões. Volvidos os 90 minutos regulamentares, já em descompressão, aceitaram contar esta experiência que a greve transformou em notícia. Inês Nunes, de 17 anos, foi das primeiras a sair. "Realmente, o adiamento deu-nos mais tempo para estudar mas foi muito chato chegar à escola tão cedo e não fazer o exame, mas valeu a recompensa porque o teste foi muito fácil". Também para Andreia Rodrigues, de 18 anos, "valeu a pena esperar uma semana" e o exame "foi fácil".

Se ninguém discordou da facilidade das questões, mesmo as de resposta múltipla, o mesmo não se pode dizer da opinião que exprimiram quanto à greve parcial de professores que lhes valeu esta nova ida à escola. Para André Serra, de 15 anos, "valeu a pena esperar" e a paralisação dos professores até fazia sentido, mas não deixou de ser "chato chegar à escola na semana passada e voltar para casa sem ter feito o exame".

Já outro colega, Rafael Henriques, de 14 anos, admitiu que "não tinha estudado" para a primeira prova, pelo que até saiu a ganhar "Por causa do adiamento, consegui ver o outro exame. Foi muito mais fácil", confessou. Mesmo assim, não deixou de criticar a greve: "Acho que os professores já ganham muito bem...". Mais crítica, a Mafalda Marques, de 14 anos, disparou: "os profs têm o direito de reivindicar mas deveriam ter feito greve noutro dia". Até porque, explicou ao DN, durante os dias que separaram as duas datas, ela e todos os outros colegas fizeram uma viagem de finalistas a Esposende/Foz do Cávado."Não pegámos nos livros", contou.

Sem conseguirem ainda explicar muito bem se as respostas que deram no exame estarão ou não correctas, sobretudo as que dizem respeito à gramática, os estudantes despediram-se finalmente da labuta escolar. Alguns combinaram umas idas à piscina da casa de um colega. E lá partiram para férias, apressados. Todos, em uníssono, esperam ter boas notas.

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