Ex-presidente proibido de exercer cargos públicos

O Tribunal de Justiça de São Paulo, Brasil, condenou o ex-prefeito da cidade Paulo Maluf a pagar uma multa de 13,9 milhões de euros, impedindo-o ainda de ocupar cargos públicos por cinco anos por desvio de dinheiro.
Publicado a
Atualizado a

Além de Paulo Maluf, o tribunal condenou duas empresas e outras quatro pessoas por má administração e enriquecimento ilícito relacionado com a construção de uma rede viária.

Maluf, prefeito da cidade entre 1993 e 1997 e atual deputado federal, ainda pode recorrer.

Os juízes determinaram que Maluf foi o responsável pela sobrefaturação do túnel Ayrton Senna. O deputado federal é procurado pela Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) e pode ser preso se sair do Brasil, dado que o país não extradita cidadãos nacionais.

Em novembro de 2012, a Justiça da ilha britânica de Jersey havia condenado empresas alegadamente ligadas a Paulo Maluf a devolver 22 milhões de dólares (17,3 milhões de euros) ao governo municipal da cidade.

O deputado é acusado de ter desviado esse valor da prefeitura e de ter transferido a quantia para contas na ilha, um paraíso fiscal, em contas de duas empresas controladas pelos seus filhos. Na altura, os assessores de Maluf negaram a sua relação com as empresas e afirmou que ele nunca teve contas no exterior.

De acordo com a "Folha de São Paulo", a assessoria de Maluf afirmou que ele não poderia ser condenado porque não assinara nenhum documento autorizando pagamentos. O político informou ainda que vai recorrer que Superior Tribunal de Justiça (STJ), e negou que se tenha tornado "ficha-suja", nome dado aos políticos condenados por corrupção.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt