Ex-presidente proibido de exercer cargos públicos
Além de Paulo Maluf, o tribunal condenou duas empresas e outras quatro pessoas por má administração e enriquecimento ilícito relacionado com a construção de uma rede viária.
Maluf, prefeito da cidade entre 1993 e 1997 e atual deputado federal, ainda pode recorrer.
Os juízes determinaram que Maluf foi o responsável pela sobrefaturação do túnel Ayrton Senna. O deputado federal é procurado pela Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) e pode ser preso se sair do Brasil, dado que o país não extradita cidadãos nacionais.
Em novembro de 2012, a Justiça da ilha britânica de Jersey havia condenado empresas alegadamente ligadas a Paulo Maluf a devolver 22 milhões de dólares (17,3 milhões de euros) ao governo municipal da cidade.
O deputado é acusado de ter desviado esse valor da prefeitura e de ter transferido a quantia para contas na ilha, um paraíso fiscal, em contas de duas empresas controladas pelos seus filhos. Na altura, os assessores de Maluf negaram a sua relação com as empresas e afirmou que ele nunca teve contas no exterior.
De acordo com a "Folha de São Paulo", a assessoria de Maluf afirmou que ele não poderia ser condenado porque não assinara nenhum documento autorizando pagamentos. O político informou ainda que vai recorrer que Superior Tribunal de Justiça (STJ), e negou que se tenha tornado "ficha-suja", nome dado aos políticos condenados por corrupção.