Enquanto a França continua a procurar uma prova de vida de Ingrid Betancourt, a esperança da família da franco-colombiana sofreu ontem um rude golpe. Segundo o site Primera Página, um ex-guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) garantiu às autoridades de Bogotá que a ex-candidata à Presidência, raptada pela guerrilha marxista em 2002, está morta. .O rebelde, cuja identidade não foi divulgada, terá garantido que Betancourt "se fechou no acampamento" pouco tempo depois de ter sido sequestrada pelas FARC quando fazia campanha numa zona perigosa e "morreu pouco depois". O rebelde não adiantou qual a causa da morte. Estas informações contrariam o testemunho de John Frank Pinchao, o polícia que em Maio fugiu às FARC após nove anos sequestrado e que garantiu ter visto Betancourt, de 45 anos, pouco antes da fuga. Pinchao disse que a franco-colombiana estava "deprimida" e tinha hepatite..O ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, disse ao site Univisión que os serviços secretos de Bogotá não podem confirmar a morte de Betancourt. A última prova de vida da mais famosa refém das FARC foi exibida em Agosto de 2003, quando Ingrid surgiu num vídeo divulgado pelos sequestradores. As FARC mantêm sequestrados 57 políticos e militares em troca dos quais exigem a libertação de 500 guerrilheiros..Prova efectiva de vida de Betancourt foi uma missão francesa procurar recentemente à Colômbia. Ontem, o Presidente Nicolas Sarkozy explicou que os dois diplomatas voltaram sem notícias. Impulsionado pelo sucesso da sua mediação na libertação das cinco enfermeiras búlgaras e do médico palestinianos presos na Líbia durante oito anos por alegadamente infectarem 438 crianças com sida, o chefe do Estado francês prometeu que o dossier de Betancourt é a sua nova prioridade. ."Não abandonaremos Ingrid Betancourt", disse Sarkozy em Trípoli, onde visitou o líder líbio, Muammar Kadhafi, com quem a UE irá normalizar as relações após a libertação das enfermeiras. O Presidente francês pediu ainda ao seu homólogo colombiano, Álvaro Uribe, para não recorrer à força para libertar os reféns. |